Em meio a crise com os EUA, Peña Nieto reforça laços com Trudeau

Em ligação telefônica, líderes do México e do Canadá prometem trabalhar em conjunto por 'integração da América do Norte'

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Após ataques de Trump ao Nafta, México e Canadá se aproximaram Foto: Rafael Zarauz/AFP e Marco Ugarte/AP

CIDADE DO MÉXICO - O presidente do México, Enrique Peña Nieto, e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, conversaram por telefone nesta segunda-feira, 30, e asseguraram que estão em contato próximo e que vão trabalhar mais rapidamente para aprofundar os laços da América do Norte.

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Peña Nieto reiterou que o governo do México vai continuar a reforçar o laço entre os dois povos. "Ambos os líderes concordaram em manter um contato próximo e intensificar os trabalhos em conjunto para impulsionar uma forte e próspera integração da América do Norte", disse comunicado da Presidência do México.

A ligação ocorreu dias após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificar seus ataques ao Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês) e anunciar um muro para conter o fluxo de imigrantes ilegais. Ele prometeu em sua campanha eleitoral diminuir o déficit comercial com diversos países, entre eles o México.

Reconhecimento. Peña Nieto também agradeceu nesta segunda as expressões de apoio recebidas de diversos países em função da crise diplomática com os Estados Unidos. "Como presidente e como mexicano, me emociona o apoio que nosso país tem recebido. É resultado dos muitos anos que o México se distingue por defender a paz, respeitar todas as nações e promover a convivência e cooperação entre os povos", disse em uma mensagem dirigida à nação pela TV.

O presidente mexicano ressaltou ainda que um dos grandes objetivos para 2017 é o de "construir uma relação positiva com o governo que agora começa nos Estados Unidos". "Essa relação deve ter como fundamentos a soberania nacional, o respeito à nossa dignidades e independência assim como os sentimentos de amizade e cooperação entre países que são vizinhos, amigos e aliados comerciais", complementou. /Reuters e EFE