Obama pede que Senado aprove reforma de sistema de saúde

Câmara aprova projeto do presidente; Democratas precisam do apoio de dois senadores independentes

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Por Efe
Atualização:

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu neste domingo, 8, ao Senado aprove a reforma do sistema de saúde proposta por ele. Na madrugada, o projeto passou com dificuldades na Câmara dos Representantes por 220 votos a 215.

Em declaração na Casa Branca, o presidente pediu ao Senado que ratifique seu projeto e elogiou a Câmara."Durante anos todos falavam que não seria possível fazer. Ontem à Câmara provou o contrário", disse Obama.A Câmara dos Representantes se transformou no sábado no primeiro corpo legislativo dos Estados Unidos a aprovar a extensão da cobertura de saúde de forma quase universal no país.Apesar de uma maioria relativamente folgada na Câmara, muitos democratas voltaram contra o projeto, No Senado, onde a maioria é mínima, o projeto deve enfrentar dificuldades bem maiores. Na Câmara, os dois comitês aprovaram versões diferentes do projeto, que terão que ser harmonizadas em um texto único."Existe uma clara vontade de reforma e estamos encorajados por estarmos mais perto do que nunca de fazer a reforma do sistema de seguro de saúde que não funciona", disse o líder dos democratas no Senado, Harry Reid, em comunicado após a decisão da Câmara Baixa.Seu desafio será conseguir os 60 votos necessários para impedir que os republicanos bloqueiem a votação no plenário do Senado. Os democratas contam com 58 cadeiras e dois senadores independentes costumam votar com eles, mas neste caso um deles, Joseph Lieberman, impõe condições.Lieberman disse que não permitirá que ocorra a votação se o projeto criar um novo seguro de saúde público. "A opção pública é desnecessária. Concordam com essa proposta só s que querem que o Governo tome o controle do sistema de saúde", disse Lieberman hoje em entrevista na rede de televisão "Fox News".Os republicanos rejeitam em bloco esse novo programa público. "Seria um golpe de morte para a opção privada", disse hoje em entrevista a "CBS" o senador Lindsey Graham, que afirmou que não existe nenhuma possibilidade de o Senado aprovar o projeto que saiu no sábado da Câmara.

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