Policial branco mata adolescente negro nos EUA; caso provoca novos protestos

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Por KENNY BAHR
Atualização:

Um policial branco fora do horário de serviço matou um adolescente negro em St Louis na quarta-feira, disseram autoridades, desencadeando uma noite de protestos a poucos quilômetros do local onde outro policial matou um rapaz negro, no subúrbio de Ferguson. A polícia disse que o jovem de 18 anos estava armado e disparou três tiros ao ser perseguido pelo policial, e que eles recuperaram uma arma no local do tiroteio. O jovem foi morto quase dois meses após uma onda de protestos, alguns violentos, terem irrompido em Ferguson, após um policial branco ter matado a tiros um jovem negro de 18 anos, chamado Michael Brown. No tiroteio de quarta-feira o homem morto era uma das três pessoas que fugiram após a aproximação do policial, um veterano de seis anos no departamento, mas que no momento estava trabalhando para uma companhia de segurança privada, disse o chefe da polícia metropolitana de St Louis, Sam Dotson. O policial, que estava com o uniforme de guarda municipal, disparou 17 tiros no adolescente, segundo a polícia. Uma multidão de cerca de 200 pessoas reuniu-se no local no bairro de Shaw, a 18 quilômetros de Ferguson. Muitos dos manifestantes seguiram em passeata por uma rua movimentada, parcialmente bloqueando o trânsito e gritando palavras de ordem, enquanto um helicóptero da polícia sobrevoava a área. Teyonna Myers, 23 anos, disse ao jornal St. Louis Post-Dispatch ser a prima do suspeito e que ele estava desarmado quando foi morto. “Ele tinha um sanduíche na mão, e eles pensaram que era uma arma. É como Michael Brown, tudo de novo”, disse ao jornal. A polícia não divulgou o nome do adolescente. Em certo momento, cerca de uma dezenas de pessoas deram chutes e socos em dois veículos policiais, sendo uma viatura e um veículo à paisana. Manifestantes quebraram o vidro de trás de uma viatura. Nenhum dos manifestantes, alguns dos quais vieram de Ferguson, tinha sido preso até o início da quinta-feira, segundo o chefe de polícia Dotson. “Acredito que o departamento mostrou um grande comedimento”, disse Dotson em coletiva de imprensa. O policial, que não ficou ferido, foi colocado em licença administrativa e uma investigação está em andamento, disse a polícia. (Por Curtis Skinner em San Francisco)

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