Posse de armas nos EUA ganhou força no governo de Obama

Estados passaram leis com receio de que democrata endurecesse medidas contra armas de fogo em seu governo

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Por Redação
Atualização:

Estados americanos estão aprovando novas leis sobre a posse de armas desde que o presidente Barack Obama tomou posse, há pouco mais de um ano, temendo que o novo mandatário pudesse endurecer a legislação nos EUA, conforme indica uma matéria publicada na versão online do jornal New York Times.

 

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Na Virginia, a Assembleia Geral aprovou na semana passada uma lei que permite a posse de armas escondidas em bares e restaurantes que servem bebidas alcoólicas, e a Casa dos Delegados revogou um artigo que proibia um jovem de 17 anos de comprar mais de uma pistola por mês. As medidas passaram nas casas menos de três anos depois de um tiroteio na universidade de Virginia Tech que deixou 33 mortos e deu início a um debate nacional sobre a posse de armas de fogo.

 

Deputados do Arizona e de Wyoming estão estudando várias medidas a favor da posse de armas, incluindo uma que permitiria aos habitantes desses estados portar armas sem emissão prévia de documentos. Em Montana e no Tennessee, medidas aprovadas no ano passado isentaram de impostos as armas de fogo e munição vendidas nos estados. Pelo menos outros três estados aprovaram medidas semelhantes.

 

Em janeiro, o poder legislativo do estado de Indiana aprovou uma lei que permite a trabalhadores manter armas de fogo em seus veículos enquanto estiverem estacionados na propriedade do local onde trabalham.

 

Partidários do controle de armas de fogo criticam Obama e dizem que o presidente falhou em apoiar uma campanha de desarmamento. "Esperávamos um cenário diferente neste momento", disse Paul Helmke, presidente de um grupo de prevenção contra a violência das armas de fogo.

 

As campanhas pelo controle das armas de fogo conseguiram algumas vitórias, segundo Helmke. Mais de 20 estados proibiram a posse de armas em universidades desde o eppisódio em Virginia Tech. Em 2009, New Jersey restringiu a quantidade de armas que poderiam ser compradas por pessoa a uma por mês.

 

Os esforços, entretanto, não foram o bastante para reduzir o número de posse de armas, favorecido pelo grande número de leis aprovadas a favor das armas de fogo. Os partidários da posse de armas foram mais eficazes e conseguiram a aprovação de vários projetos, incluindo um que permite armas de fogo no Distrito de Columbia, onde ficam a Casa Branca e outros prédios do governo.

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Ben LaBolt, um dos porta-vozes do governo, respondeu às críticas da organização de Helmke citando dados do FBI, dizendo que os níveis de criminalidade caíram na primeira metade de 2009 aos menores índices desde 1960. "O presidente acredita que podemos tomar decisões do senso comum para manter nossas ruas seguras e inibir a circulação de armas ilegais para criminosos", disse.

 

Os grupos de apoio às armas, porém, mantêm a cautela. "A ordem para os portadores de armas é estar pronto. Tivemos algumas vitórias, mas na primeira chance que Obama tiver, fará mudanças", disse Wayne LaPierre, chefe-executivo da Associação Nacional do Rifle.

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