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Aprovação de presidente peruano cai por denúncias de corrupção, diz pesquisa

Governo é acusado de espionar oposição e membros governistas

Atualização:

A aprovação do governo do presidente peruano, Ollanta Humala, caiu em fevereiro 3 pontos percentuais em meio a denúncias de corrupção e de espionagem de dirigentes opositores e altos funcionários por parte do governo, mostrou uma pesquisa no domingo. O apoio a Humala, cujo mandato vai até julho de 2016, caiu a 22 por cento, segundo uma pesquisa mensal feita pelo Ipsos Peru e publicada pelo jornal El Comercio. A pesquisa não especificou a porcentagem dos entrevistados que desaprova o governo do militar da reserva, que assumiu em 2011. "O que se estima é que a causa da desaprovação do presidente seja agora a corrupção", disse o diretor de Ipsos Peru, Alfredo Torres, ao jornal El Comercio. "Aparentemente sua mediática esposa tem servido de para-raios político nas acusações relativas às receitas do casal", acrescentou. A pesquisa mostrou que a aprovação da mulher de Humala, Nadine Heredia, caiu 9 pontos percentuais para 16 por cento em fevereiro, em meio a denúncias de lavagem de dinheiro e ligação com seu ex-assessor Martín Belaunde Lossio, acusado de liderar um esquema de corrupção. "As acusações contra ela tiveram grande impacto", disse Torres. Também afetaram a popularidade de Humala, segundo Torres, as recentes denúncias sobre a suposta espionagem do governo a políticos da situação e da oposição que gerou o fechamento da Direção Nacional de Inteligência. A pesquisa de Ipsos Peru foi realizada entre 10 e 13 de fevereiro, com 1.201 entrevistados. A margem de erro é de 2,8 pontos percentuais. (Reportagem de Teresa Céspedes)

O presidente do Peru, Ollanta Humala(E), ao lado do ministro da Economia, Alonso Segura Foto: Silvia Oshiro/AFP
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