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Confronto com as Farc mata 9 soldados colombianos

Por HUGH BRONSTEIN
Atualização:

Nove soldados colombianos morreram num ataque das Farc à sua guarnição no sudoeste do país, região usada como rota do narcotráfico, disseram as autoridades na terça-feira. Cerca de 200 guerrilheiros armados com granadas participaram da ação, mostrando que o governo de Álvaro Uribe está longe de neutralizar as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), apesar do grande apoio militar norte-americano. A batalha aconteceu em Corinto, na montanhosa província do Cauca. A maioria dos habitantes da cidade pertence a grupos indígenas duramente afetados pela guerra civil, que já dura 45 anos. Estima-se que entre 10 e 30 guerrilheiros tenham morrido na ação, mas não houve confirmação do Ministério da Defesa. A batalha começou na noite de segunda-feira e continuava na terça-feira, segundo autoridades locais. "Nove soldados morreram e três ficaram feridos. O combate continua", disse o governador do Cauca, Guillermo González. Uribe qualificou a morte dos nove soldados de uma tragédia. As imagens de TV dos moradores aterrorizados ressuscitaram lembranças das décadas de 1980 e 1990, quando batalhas como essas eram comuns na Colômbia. A maioria das cidades ficou mais segura desde a pose de Uribe, em 2002. Mas os rebeldes se entrincheiraram no interior e continuam se financiando com o tráfico de cocaína. A droga é produzida nas florestas do sul da Colômbia e transportada pelo Cauca até a costa do Pacífico, onde é embarcada para os EUA. "Houve uma reativação das Farc nos últimos meses em lugares como o Cauca e o Norte de Santander, perto da fronteira venezuelana", disse Mauricio Romero, professor de ciência política da Universidade Javeriana de Bogotá. "As Farc não representam mais uma ameaça estratégica para o Estado, mas estão deixando claro que ainda podem causar danos, apesar a contraofensiva de Uribe," disse Romero.

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