Conheça os principais cartéis do tráfico de drogas do México

Mais de 6 mil pessoas foram mortas em assassinatos relacionadas ao narcotráfico; outras mil apenas em 2009

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Por Agências internacionais
Atualização:

 O México vive uma intensa guerra contra o narcotráfico. Há dois anos, o presidente Felipe Calderón prometeu enfrentar os poderosos cartéis que, segundo ele, ameaçam a estabilidade do país. A decisão levou a uma escalada da violência, pois quadrilhas rivais enfraquecidas começaram a lutar não apenas contra forças do governo, mas também entre si.

 

Em todo o México, mais de 6 mil pessoas foram mortas em assassinatos ligados ao tráfico de drogas em 2008, e há o temor de que o governo esteja perdendo o controle da situação. Nos primeiros meses de 2009, calcula-se que mais de mil pessoas já tenham morrido no país por causa de violência ligada ao tráfico. Conheça os principais cartéis mexicanos:

 

 

 

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Golfo

 

O Cartel do Golfo, que controla as atividades de narcotráfico no nordeste do México, permanece como um dos quatro principais no país, ainda que tenha sido bastante enfraquecido durante a ofensiva do governo. Enfrentou um duro conflito com o Cartel de Sinaloa entre 2005 e 2007 pelo controle da cidade de Nuevo Laredo, na fronteira com o Texas. Seu líder, Osiel Cárdena, está detido nos Estados Unidos desde 2007. Acredita-se que eles controlem as rotas de tráfico em toda a fronteira ao leste entre os EUA e o México.

 

Zetas

 

Os Zetas são um grupo paramilitar originalmente formado para trabalhar para o Cartel do Golfo, mas que hoje atuam de modo independente. O grupo é capaz de promover complexas operações e usar armamentos sofisticados e aceitam trabalhos de vários cartéis, como dos Beltrán Levya e de Juárez. Eles são os assassinos dos cartéis, traficam armas, promovem sequestros e recolhem os pagamentos para o grupo.

 

Beltrán Levya

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Após se separar do Cartel de Sinaloa, no ano passado a organização liderada pelos Beltrán Levya se tornou uma das mais fortes do México. Acredita-se que eles trabalhem em conjunto com outros cartéis, como os Zetas, contra as forças do Sinaloa.

 

Sinaloa

 

O Cartel de Sinaloa é um dos mais perigosos e fortemente armados do país. Ele age nos Estados de Baja California, Sinaloa, Durango, Sonora e Chihuahua e é considerado a maior rede de distribuição de cocaína de todo o mundo, com ramificações que vão desde os campos de cultivo de coca no Peru até as ruas das grandes cidades dos Estados Unidos. Conhecido como El Chapo, Joaquin Guzman, seu chefe ganhou fama internacional recentemente ao entrar na lista da revista americana Forbes dos maiores bilionários do mundo. O governo americano já oferecia uma recompensa de US$ 5 milhões por informações que levassem à captura de Guzman. Em março, o suposto chefe de operações e de segurança do Sinaloa, Vicente Zambada, foi detido na Cidade do México. Vicente é filho de Ismael Zambada, que divide o comando do cartel com "El Chapo".

 

La Familia

 

O pequeno grupo é baseado no Estado de Michoacán e está em confronto com os cartéis de Beltrán Levya e dos Zetas

 

Tijuana

 

A organização que leva o nome da cidade mexicana localizada na fronteira com os Estados Unidos, é considerada uma das mais violentas, mas foi bastante enfraquecida com as prisões de seus altos líderes e no combate do governo ao tráfico. O Cartel de Tijuana é retratado no filme Traffic (2000) e controla o corredor Tijuana (México)- San Diego (EUA). Seu último líder, Fernando Sánchez Arellano, está em guerra com o seu antecessor, Teodoro García Simental, conhecido como "El Teo". Simental teria se aliado ao cartel de Sinaloa após o rompimento com Arellano.

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Juárez

 

O cartel baseado na cidade de Juárez, no Estado de Chihuahua, está em confronto direto com grupo de Sinaloa. Dirigido pelos irmãos Carrillo Fuentes, ele é responsável por cerca de 50% das substâncias ilegais que entram nos EUA pelo México. Acredita-se que o líder do Sinaloa, Guzman, está envolvido no assassinato do irmão do bando de Juárez, Vincente Carrillo Fuentes, em 2004. O cartel seria o responsável pelo crescimento das vendas de heroína mexicana consumida no Texas.

 

(Com The New York Times, BBC Brasil e O Estado de S. Paulo)

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