Corte da Colômbia considera corridas de touro e brigas de galo legais

Segundo alto tribunal, atividades, apesar de serem cruéis, fazem parte das tradições do país

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Por Efe
Atualização:

BOGOTÁ- a Corte Constitucional da Colômbia rechaçou nesta segunda-feira, 30, uma iniciativa que tentava proibir as corridas de touros e as rinhas de galos. Com seis votos a favor e três contra, as corridas, brigas de galo e touradas à cavalo foram consideradas em conformidade com a Constituição do país.

 

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No entanto, o alto tribunal considerou que nessas atividades há maus tratos a animais, o que não deve ocorrer. Por isso, impôs restrições para que as corridas de agora em diante procurem "causar a menor dor possível" ao animal.

 

A Corte também definiu que as corridas só podem ser realizadas em populações onde haja uma tradição provada e interrompida, e sem o investimento de dinheiro público ou em construções destinadas a espetáculos cruéis com animais.

 

Para a maioria dos magistrados, as corridas de touros, brigas de galos e as "corralejas" (corridas populares nas quais o público pode laçar as reses) são "tradições culturais colombianas e, como tal, devem ser mantidas'.

 

Segundo a denúncia rechaçada pela Corte, em todas as atividades os animais são submetidos a tratamento cruel, o que é penalizado pelo Estatuto de Proteção Animal.

 

O texto também argumentava que o direito a um ambiente social e cultural são é desrespeitado, assim como a paz e a convivência, o que viola o livre desenvolvimento da personalidade das pessoas que rechaçam as corridas e brigas envolvendo animais.

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