Mídia colombiana tem ajudado Mockus na campanha, diz Santos

Candidato da situação à presidência diz que imprensa só o critica enquanto elogia o adversário

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BUENOS AIRES - O candidato da situação à presidência da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse nesta quarta-feira, 27, que os meios de comunicação de seu país têm "ajudado muito" o indicado do Partido Verde para concorrer as eleições, Antanas Mockus, segundo informações do jornal argentino Clarín.

 

 

"Mockus é um fenômeno midiático e os meios de comunicação ajudam bastante. Vocês veem em qualquer veículo que são críticas ao meu lado e elogios para ele", disse Santos, do Partido Social da Unidade Nacional, também conhecido como Partido da U, do presidente Álvaro Uribe, ao Clarín.

 

Santos, ex-ministro da Defesa e da Fazenda, acrescentou que daria a Uribe o "cargo que desejasse" em seu gabinete se fosse eleito o novo presidente. A candidatura de Santos é respaldado pelo atual mandatário colombiano, que por sua vez manteve o colega em sua equipe ministerial pela maior parte de sua gestão.

 

Apesar de ser bastante conhecido por sua ação incisiva e de tolerância zero contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Santos comemorou o fato de que a luta contra a guerrilha deixou de ser o tema eleitoral prioritário.

 

O candidato de Uribe insistiu estar "orgulhoso" de ter ordenado o polêmico ataque contra um acampamento das Farc em território equatoriano em 2008. O episódio causou a morte de Raúl Reyes, um dos líderes guerrilheiros, mas ao mesmo tempo desatou uma crise diplomática entre o Equador e a Colômbia que ainda não foi resolvida.

 

O ex-ministro da Defesa, porém, indicou que a guerrilha "segue viva, e por isso as autoridades não podem abaixar a guarda". "Esse pesadelo foi eliminado, mas não podemos nos equivocar quanto à atividade das Farc", disse o candidato da Partido da U.

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Santos tem como principal rival no pleito de 30 de maio o ex-prefeito de Bogotá Mockus, que surpreendeu ao conquistar o eleitorado e aumentar o índice de intenção de voto nas pesquisas. Os estudos indicam um eleitorado bastante dividido, e as eleições devem ir para o segundo turno com uma disputa entre esses dois candidatos.

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