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Presidente boliviano registra candidatura a terceiro mandato

Morales precisa de mais da metade dos votos válidos ou de um mínimo de 40% para ganhar no primeiro turno

Por DANIEL RAMOS
Atualização:

O presidente da Bolívia, Evo Morales, se candidatará nas eleições de outubro a um terceiro mandato à frente do país com o objetivo de aprofundar as reformas de cunho socialista, informou a presidente do Superior Tribunal Eleitoral, Wilma Velasco. O mandatário, um ex-líder cocaleiro de 54 anos que em 2006 se tornou o primeiro presidente indígena da história boliviana, apoiado por vastos setores do campo, possui grande popularidade devido a seus projetos sociais e reformas políticas que adotou, concedendo um maior poder à maioria indígena. "A organização Movimento ao Socialismo (MAS) apresentou sua lista de candidatos e candidatas. O senhor Juan Evo Morales Ayma aparece como candidato a presidente e como candidato a vice-presidente consta o senhor Álvaro García Linera", disse Wilma Velasco à Reuters na segunda-feira. "Além do Movimento ao Socialismo, outras sete organizações políticas estão na disputa eleitoral", acrescentou a presidente do Superior Tribunal Eleitoral. Os partidos bolivianos tinham até a meia-noite de segunda-feira para inscrever seus candidatos nas eleições gerais de 12 de outubro. Embora sua candidatura fosse dada como certa, Morales não havia declarado abertamente que disputaria nova eleição. Em uma pesquisa recente da consultoria Ipsos Apoyo, Opinión e Mercado, Morales obteve 44 por cento das intenções de voto. O empresário do ramo de cimento e ex-candidato presidencial da centro-direita Samuel Doria Medina apareceu em segundo lugar, com uma diferença de 30 pontos porcentuais. Para ser reeleito, Morales precisa de mais de 50 por cento dos votos válidos ou de um mínimo de 40 por cento mais uma diferença de 10 pontos sobre o segundo colocado, caso contrário um segundo turno está marcado para o dia 7 de dezembro. Ainda que a legislação proíba uma segunda reeleição consecutiva, Morales teve a candidatura endossada por uma decisão do tribunal constitucional no ano passado. A corte determinou que o primeiro mandato do líder aimará não poderia ser contabilizado, já que teve início antes da entrada em vigor de uma novo Constituição, em 2009.

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