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Preso político cubano morre após greve de fome de 85 dias

Orlando Zapata queria melhores condições de detenção; causa de sua morte ainda não foi esclarecida

Por Reuters
Atualização:

Um preso político cubano adotado pela Anistia Internacional morreu nesta terça-feira, 23, após 85 dias em greve de fome por melhores condições de detenção, disseram ativistas.

 

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Orlando Zapata, de 44 anos, morreu entre as 15h30 e 16h local (entre 17h30 e 18h de Brasília) no hospital Amejeiras, em Havana, para onde foi levado em estado de urgência na noite de segunda-feira, quando seu estado de saúde piorou, disse Laura Pollan, do grupo de esposas de presos políticos Damas de Branco.

 

Segundo relatos, a mãe do preso, Reina Luisa Tamayo, não conseguiu ser contatada, mas familiares a comunicaram da morte de seu filho.

 

O quadro clínico que causou sua morte não ficou imediatamente claro.

 

Elizardo Sánchez, da Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN), declarou à Efe que a morte de Zapata, "além de ser uma tragédia para a família, é uma notícia muito má para todo o movimento cubano de direitos humanos e também para o governo, porque essa morte era evitável".

 

O ativista considerou que a morte terá "graves consequências porque era um preso de consciência adota pela Anistia Internacional".

 

O caso de Zapata, que fazia parte de um grupo de 75 dissidentes condenados em 2003 com penas de até 28 anos de prisão, foi discutido pela Espanha em uma reunião entre altos funcionários espanhóis e cubanos sobre direitos humanos em Madrid na última quinta-feira.

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O dissidente havia sido transferido da prisão de Camaguey, 533 km ao leste da capital, a um hospital para presos de Havana em 16 de fevereiro, devido a gravidade de seu estado de saúde.

 

A mãe do preso político planeja enviar o corpo de seu filho a província oriental de Holguín para ser sepultado na cidade de Banes.

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