Uma pessoa ficou ferida após a explosão de uma granada no prédio da rádio hondurenha HRN, a maior do país e que apoia o governo de facto liderado por Roberto Micheletti. José Villeda, executivo das Emissoras Unidas de Honduras, afirmou que o ataque aconteceu no fim da noite de quarta-feira, 5, e atribuiu o incidente a "setores que nos acusam de golpistas, o que é mentira, já que este veículo é do povo".
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Segundo o porta-voz da Polícia, Orlin Cerrato, por volta das 22h30 de quarta-feira (02h30 hora de Brasília) um veículo que passava por uma rua adjacente a Emissoras Unidas e "um dos ocupantes lançou uma granada de fragmentação.
Alejandro Salgado, operador de estúdio da HRN, disse aos jornalistas que foi atingido por vários fragmentos de vidro impactaram nas costas, mas que as lesões não são de gravidade. Outro empregado de Emissoras Unidas, Miguel Rivera, indicou que há danos no teto do edifício da empresa, cujos corredores e estúdios se encheram de fumaça.
O fato aconteceu em um momento em que Honduras vive uma crise política por causa do golpe de Estado de 28 de junho contra o presidente, Manuel Zelaya, que se encontra refugiado desde 21 de setembro na Embaixada do Brasil.
No início da crise, Rádio América, do Circuito Audiovídeo, também foi vítima de pelo menos dois atentados em Tegucigalpa e no interior do país, sem que até agora se conheça aos autores desses fatos. Os diários "O Arauto" e "A Tribuna", que se editam em Tegucigalpa, também sofreram atentados desde que começou a crise política.