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Venezuela declara ex-presidente Vicente Fox ‘persona non grata’

Líder mexicano, que acompanhava plebiscito contra mudanças na constituição da Venezuela, chamou Nicolás Maduro de ‘ditador’

Atualização:
O ex-presidente mexicano, Vicente Fox, durante plebiscito na Venezuela; ele fazia parte de comite de observação com outros ex-governantes da América Latina Foto: Cristian Hernández / EFE

O governo venezuelano declarou ‘persona non grata’ o ex-presidente Vicente Fox, que governou o México entre os anos de 2000 a 2006. A declaração foi feita pelo chanceler venezuelando, Samuel Moncada, à rede de televisão governamental VTV, e replicada em seu Twitter. “Ele (Vicente Fox) é um agente perverso que vem a provocar morte e destruição”, afirmou o chanceler.

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Vicente Fox acompanhava, como observador, do plebiscito extraoficial promovido pela oposição venezuelana, contra as mudanças na Constituição planejadas pelo governo do presidente Nicolás Maduro. Apesar de já ter deixado o país, o ex-político mexicano tinha comparecido a um local de votação e, com um auxílio de um megafone, conversado com os opositores. “Agora é hora de recuperar a economia, os empregos, os alimentos e os remédios. O México está com vocês”, afirmou. "Passo a passo, voto a voto, o ditador [Nicolás Maduro] sairá".

O mexicano fazia parte de um comitê internacional de observação ao plebiscito composto, além de Vicente, pelos ex-presidentes Andrés Pastrana (Colombia), Jorge Quiroga (Bolivia), Laura Chinchilla e Miguel Angel Rodríguez (Costa Rica). O chanceler Samuel Moncada chamou os políticos de “sicários políticos”, “mercenários”, “que se vendem a quem paga mais, para ir a lugares distintos e dizer o que lhes pedem”.

Cerca de 7,2 milhões de venezuelanos compareceram aos locais de votação para o plebiscito, que precede a votação oficial do dia 30.

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