Aprovação de Donald Trump atinge novo recorde negativo

Seis meses após a posse, 2 em cada 3 americanos demonstram desconfiança no presidente

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O presidente-norte americano, Donald Trump, durante visita a campo de golfe Foto: Saul Loeb / AFP

Na semana onde completa seis meses no cargo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está imerso em uma onda de impopularidade: na mais recente pesquisa de opinião sobre seu mandato, feita pelo jornal Washington Post e o canal de TV ABC e divulgada neste sábado, a popularidade do presidente continua em queda.

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O presidente republicano viu sua aprovação cair de 42% para 36% da população entre abril e julho – um recorde negativo, abaixo dos 43% que Bill Clinton tinha em 1993. Ainda na mesma pesquisa, a desaprovação de Trump perante o eleitorado subiu de 53% para 58% no mesmo período. A desconfiança contra Donald Trump se reflete também na confiança: quase dois em cada três dizem que “não confiam muito” no atual governante, enquanto 48% não demonstram confiança nenhuma.

Os escândalos envolvendo a interferência russa nas eleições norte-americanas em 2016, assim como as crescentes acusações envolvendo membros do gabinete e familiares de Trump ajudam a derreter a simpatia com o presidente. Para 48% dos americanos, a liderança do país é mais fraca se comparada com a era Obama, enquanto 27% acham que esta postura está mais fortalecida. Ainda sobre a influência de outros países no processo eleitoral americano, 60% americanos afirmam que a Rússia tentou interferir no resultado da eleição – há três meses, esse índice era de 56%.

Mesmo assim, estes percentuais ainda carregam fortes vieses partidários. A maior parte da desaprovação vem dos cidadãos que se identificaram como democratas – enquanto entre os republicanos o apoio ao membro do partido tende a ser maior.

O governo de Trump, marcado por polêmicas envolvendo a postura do presidente e suas propostas de lei, chega ao sexto mês imerso no mesmo escândalo da época de sua posse – a interferência russa para a vitória de Donald contra a candidata democrata Hillary Clinton, em novembro de 2016. Na semana passada, em mais um desdobramento do caso, o jornal “The New York Times” afirmou que o filho do presente, Donald Trump Jr., teria se encontrado com russos para receber informações que pudessem prejudicar a campanhanha de Hillary. Após tomar conhecimento de que o jornal tinha cópias de e-mails onde ele debatia o encontro, Trump Jr. divulgou o conteúdo destas conversas em sua página no Twitter. O presidente rebate frequentemente as afirmações, acusando de que se tratam de “fake news”, ou notícias falsas.

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