WASHINGTON - Os pré-candidatos democratas à Casa Branca realizam hoje, em Las Vegas, o primeiro debate da temporada de primárias do partido. No palco, com transmissão da CNN, estarão Hillary Clinton, líder nas pesquisas e favorita para obter a vaga de candidata, o senador Bernie Sanders, que vem crescendo, mas sem ameaçar a ex-secretária de Estado, e os azarões Martin O’Malley, ex-governador de Maryland, Lincoln Chaffee, senador por Rhode Island, e Jim Webb, ex-senador por Virgínia – os três com números irrisórios nas sondagens. O grande ausente é o vice-presidente Joe Biden, que ainda não decidiu se entra ou não na disputa. Alguns democratas temem que a candidatura de Hillary, envolvida em escândalos, perca o fôlego até as eleições presidenciais, em novembro de 2016. Por isso, muitos defendem um plano B, que seria o vice de Barack Obama.
O encontro de hoje é considerado importante para que a ex-secretária de Estado mantenha a ponta nas pesquisas, já que Sanders têm ampliado a base de apoio em Estados estratégicos – como Iowa e New Hampshire, que iniciam a temporada de primárias, em janeiro. Na tentativa de se aproximar da crescente parcela progressista do Partido Democrata, Hillary tem defendido publicamente bandeiras históricas de Sanders, que se apresenta como socialista. O debate de hoje é uma oportunidade também para que ela contorne os problemas de popularidade e detalhe suas propostas de campanha, ofuscadas pela crise em torno do uso de seu e-mail pessoal para tratar de assuntos do Departamento de Estado, no período em que chefiou a pasta, entre 2009 e 2013. De acordo com a média de vários institutos de pesquisa, elaborada pelo site Real Clear Politics, Hillary lidera a disputa democrata com 42% das intenções de voto. Sanders vem atrás, com 25%. Os outros três candidatos não ultrapassam a barreira de 1%.Confronto. O grande drama dos democratas, no entanto, são as eleições gerais de novembro, quando o candidato do partido enfrentará o republicano, também escolhido em prévias. Hillary sempre liderou com folga o confronto contra qualquer candidato do partido rival. Nas últimas semanas, no entanto, ela começou a cair lentamente e passou a ser ameaçada por alguns nomes, como Jeb Bush e Marco Rubio. A única boa notícia para a ex-secretária de Estado é que ela ainda vence com folga um confronto direto com Donald Trump, atual líder da corrida presidencial republicana.