Governador sírio diz que ataque fortalece Estado Islâmico

'Liderança síria e a política síria não vão mudar', diz Tala Barazi, governador da província de Homs

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Atualização:

Os ataques com 59 mísseis Tomahawk contra posições do governo Bashar Al Assad na Síria, em retaliação ao ataque com armas químicas que provocou a morte de cerca de 100 pessoas na terça-feira, servem apenas para corroborar com os objetivos e fortalecer "grupos terroristas armados" e "do Estado Islâmico", afirmou Talal Barazi, governador da província de Homs. 

59 mísseis Tomahawk partiramde navios destróieres no leste do Mar Mediterrâneo Foto: Robert S. Price/Courtesy U.S. Navy (via REUTERS)

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"A liderança síria e a política síria não vão mudar", disse o Barazi, em entrevista por telefone à televisão estatal do país. "Esse tipo de problema não foi o primeiro e eu não acredito que será o último", acrescentou.

O governo sírio tem negado com veemência e a responsabilidade pelos ataques químicos que deixaram um saldo de cerca de 100 pessoas mortas, entre elas muitas crianças e bebês. "Os grupos terroristas armados não conseguiram atingir o exército árabe sírio e posições militares russas", disse Barazi, usando as siglas em árabe para Estado islâmico. O governo sírio descreve todos os grupos armados que se opõem a ele como terroristas.

 

Os EUA atacam "posições militares específicas na Síria e em Homs especificamente" para publicamente "servir os objetivos do terrorismo na Síria e os objetivos de Israel no longo prazo", acrescentou Barazi. Uma fonte militar síria disse anteriormente que o ataque à base aérea da Síria havia levado a "perdas", mas nada foi confirmado oficialmente. 

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