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Juiz afirma que casa de austríaco Fritzl deve ser destruída

Atualização:

A casa sob a qual o austríaco Josef Fritzl abusou de sua filha e a manteve cativa junto com os filhos que teve com ela deveria ser reduzida a escombros, disse um juiz local a um jornal nesta terça-feira. O magistrado Markus Sonnleitner, responsável por administrar os bens de Fritzl, que está preso, disse que a casa cinza de concreto na cidade austríaca de Amstetten, no norte, não conseguiria encontrar um comprador devido a seu histórico obscuro. "Essa casa tem de ser derrubada. Há um grande interesse em ver essa casa completamente destruída", disse ele ao jornal Kurier. Segundo ele, as autoridades estão decidindo como proceder, mas o porão construído por Fritzl sob o prédio deve ser imediatamente demolido. O chefe da secretaria municipal de obras de Amstetten disse ao Kurier que o plano de demolição pode prosseguir porque não há ninguém morando na casa. Fritzl foi condenado à prisão perpétua em março de 2009, considerado culpado pela morte, por negligência, de uma das crianças presas. Ele incinerou o corpo do bebê em um forno pouco após a morte. Ele também foi considerado culpado dos crimes de abuso sexual, incesto, coerção e escravização da filha Elisabeth, agora com 40 anos, e de impedir o direito à liberdade dela e de seus três filhos. Fritzl teve sete filhos no total com sua filha durante os 24 anos de aprisionamento. Três deles ficaram trancados desde o nascimento com a mãe no porão. De acordo com a polícia, eles nunca tinham visto a luz do sol e não receberam educação formal. As três outras crianças viviam com Fritzl e sua mulher na casa. A história de abuso causou indignação na Áustria e no mundo quando foi descoberto em abril de 2008. (Reportagem de Sylvia Westall)

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