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Merkel se reúne com social-democratas e declara otimismo sobre possível coalizão

Lideranças do CDU e do SPD pretendem definir até a próxima sexta-feira se há condições para uma negociação formal sobre a parceria

Atualização:

BERLIM - A chanceler alemã Angela Merkel declarou neste domingo, 07, estar otimista sobre a possível coalizão de seu partido, União Democrata-Cristã (CDU), com o social-democrata (SPD), de centro-esquerda, que a apoiou nos últimos quatro anos. Desde as últimas eleições presidenciais, em setembro do ano passado, os social-democratas vêm declarando o desejo de migrar para a oposição.

A chanceler alemãAngela Merkel faz um pronunciamento pouco antes de uma reunião com líderes dos partidosUnião Democrata-Cristã (CDU) esocial-democrata (SPD) em Berlim, neste domingo, 07. Foto: Tobias Schwarz/AFP

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"Acredito que podemos ter sucesso", disse Merkel ao chegar ao encontro. "Vamos trabalhar rapidamente e muito intensamente, tendo em mente o que o povo da Alemanha espera de nós, que resolvamos seus problemas." "Vou para esta conversa com otimismo, mas está claro para mim que há muito trabalho a ser feito nos próximos dias", acrescentou.

Schulz, do SPD, disse no domingo que seu partido adotará uma postura "construtiva".

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Lideranças do CDU e do SPD, comandado pelo ex-presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, pretendem definir até a próxima sexta-feira se há condições para uma negociação formal sobre a coalizão. A renovação da parceria precisará do aval dos 21 congressistas do SPD, muitos dos quais propensos a migrar para a oposição. Caso não consiga alcançar um acordo, restará a Merkel governar com uma minoria no Parlamento ou realizar novas eleições.

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Em setembro, Merkel conquistou o quarto mandato consecutivo, porém com perda de poder de seu partido. A coligação liderada por Merkel obteve cerca de 33% dos votos, recuo de 8,6% em relação às eleições de 2013 e pior resultado da agremiação desde 1949. Com isso, a chanceler angariou apoio direto de menos de um terço dos 61,5 milhões de eleitores alemães. O SPD, que inicialmente declarou intenção de levar sua bancada no Parlamento para a oposição, também registrou o pior resultado desde 1945, com 20,6% dos votos, queda de 5,1% em relação a 2013. /AP

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