Obama convoca G-7 a enfrentar ingerência da Rússia na Ucrânia

Ao lado de Angela Merkel, presidente americano pede que sanções contra governo de Putin sejam mantidas

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Por Redação
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KRUN, ALEMANHA - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, convocou neste domingo os demais líderes do G-7 a enfrentar a agressão russa no leste da Ucrânia, em discurso na cidade alemã de Krun antes do início da cúpula.

Na presença da chanceler alemã, Angela Merkel, chamada por ele de sócia e amiga, Obama destacou a solidez dos vínculos entre Estados Unidos e Alemanha, “dois aliados inseparáveis”, e lembrou as numerosas posições em comum entre os dois países, como no caso da Ucrânia.

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Pouco antes, Merkel também celebrou a qualidade das relações entre os dois aliados. “Os Estados Unidos são nossos amigos e nossos sócios, até mesmo se às vezes temos divergências”, destacou. As revelações de Edward Snowden sobre a amplitude dos programas de inteligência americanos, com a descoberta, em outubro de 2013, de que os celular da chanceler alemã tinha sido alvo de escutas provocaram tensões entre os dois países. Ao ressaltar pontos de concordância entre Berlim e Washington, Obama insistiu na necessidade de enfrentar a agressão russa na Ucrânia.

O líder americano insistiu na necessidade de manter as sanções contra o governo de Moscou, acusado de apoiar a rebelião separatista no leste da Ucrânia. Países ocidentais acusam a Rússia de apoiar os rebeldes separatistas, o que o presidente russo, Vladimir Putin, nega. A Rússia foi excluída do círculo das principais potências industriais depois que anexou, em março de 2014, a península ucraniana da Crimeia. 

Em entrevista coletiva, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, convocou o G-7 a “confirmar sua unidade” sobre as sanções contra a Rússia. “Se alguém quer reconsiderar esta política, só poderá fazê-lo para reforçá-la”, disse. 

Na Baviera, a chanceler alemã recebeu pouco depois do meio-dia os demais convidados – o presidente francês, François Hollande; o primeiro-ministro britânico, David Cameron; o premiê italiano, Matteo Renzi; o chefe de governo japonês, Shinzo Abe, e seu colega canadense, Stephen Harper – para a cúpula, que será realizada no Castelo de Elmau, um hotel de luxo. 

Além da questão russa, a cúpula deve tratar de temas como a crise grega, aquecimento global, o programa nuclear iraniano e o avanço do Estado Islâmico. Obama espera convencer os outros líderes de que a campanha aérea americana contra o EI, ao lado dos esforços para treinar as forças de segurança do Iraque, será bem sucedida em reprimir o grupo. / AFP e NYT

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