19 guerrilheiros mortos em confronto na Colômbia

País vive escalada de violência em período pré-eleitoral

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Por Agencia Estado
Atualização:

O exército colombiano reportou a morte de 19 rebeldes em combates durante a "Operação Democracia", destinada a evitar que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) perturbem as eleições legislativas de domingo. O anúncio acontece no mesmo dia em que guerrilheiros detonaram um carro-bomba no município de Yarumal, departamento (estado) de Antioquia, 320 quilômetros a noroeste de Bogotá. A explosão causou apenas danos leves em portas e janelas de casas próximas, segundo comunicado do exército. Na mesma área, pelo menos 12 guerrilheiros morreram em quatro combates registrados nas últimas 48 horas. Dez dos mortos pertenciam às Farc, a maior e mais antiga guerrilha do país, que promove há várias semanas uma intensa e violenta ofensiva com o objetivo de sabotar as eleições ao Congresso de domingo. Os outros dois rebeldes eram membros do exército de Libertação Nacional (ELN), a segunda guerrilha da Colômbia, que atualmente participa de diálogos de paz com o governo do presidente Alvaro Uribe. Em outros combates ocorridos nesta quarta-feira em áreas rurais dos Estados de Norte de Santander, Valle, Putumayo e Córdoba, outros sete guerrilheiros das Farc morreram, segundo a assessoria de imprensa do exército, que não apresentou informações sobre baixas do lado dos militares. Também nesta quarta-feira, o exército colombiano desmentiu a informação dada ontem por Uribe de que um grupo de 70 guerrilheiros das Farc que se desmobilizou havia entregue um avião ao governo. De acordo com o general Mario Montoya, comandante do exército, os guerrilheiros não entregaram a aeronave, como anunciou o presidente, mas, sim, forneceram informações que permitiram a descoberta de que um avião que estava em poder das autoridades aduaneiras era da guerrilha. "Vocês têm que se entender com as forças militares, não tenho detalhes, eu apenas recebi a informação de que 70 guerrilheiros das Farc haviam se desmobilizados", disse Uribe a jornalistas antes da declaração de Montoya.

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