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Abbas se torna 1º líder árabe a assinar documento sobre liberdade de imprensa

Entre as garantias centrais do documento estão a liberdade de expressão e informação, a segurança dos jornalistas e a independência da mídia pública

Atualização:

 BRUXELAS - O presidente da Autoridade Nacional Palestina (AP), Mahmoud Abbas, tornou-se, nesta terça-feira, o primeiro líder árabe a assinar a Declaração sobre Liberdade de Imprensa no Mundo Árabe em reunião com a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) e o Sindicato de Jornalistas Palestinos (SJP) realizada em Ramallah. Abbas se une, assim, aos representantes de mais de 500 organizações, ministros e partidos políticos que assinaram o documento durante o ato, anunciou a FIJ em comunicado.

Abbas reúne-se com o secretário americano de Estado, John Kerry (E) Foto: THAER GHANAIM/AFP

A FIJ avaliou a atitude como um "compromisso do presidente de trabalhar com o SJP e organizações da sociedade civil para ampliar a liberdade de imprensa e os direitos dos jornalistas". A declaração é o primeiro passo para o estabelecimento do Mecanismo Especial para a Liberdade de Imprensa na região que defenderia os princípios resguardados pelo documento. Algumas das ideias centrais do manifesto são: a liberdade de expressão e informação, a segurança dos jornalistas, a reforma na legislação relativas aos meios de comunicação e a independência da mídia pública, entre outras concepções. O presidente do SJP, Abu Bakker, manifestou sua esperança de que o ato indique "o começo de uma nova era de cooperação entre jornalistas, o governo e organizações de direitos humanos para trazer a desejada reforma no setor de mídia" dos territórios palestinos. "Os eventos desta terça-feira são uma inspiração para toda a região", afirmou o vice-secretário-geral da FIJ, Jeremy Dear. O dirigente, no entanto, destacou que agora são necessárias ações rápidas para "implantar os mecanismos estabelecidos pela declaração com o intuito de estender a liberdade de imprensa e o profissionalismo" na região. A assinatura desta declaração é o ápice de um processo que envolveu conversas com analistas técnicos e acionistas de veículos de mídia que durou 20 meses ao todo. O texto do documento pede a todos os governos e organizações intergovernamentais da região que adotem essa ideia, assim como métodos práticos para estabelecer um mecanismo independente de defesa à liberdade de imprensa. / EFE

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