Chanceleres do Irã e do bloco de potências P5+1 (França, Grã-Bretanha, Estados Unidos, Rússia, China e Alemanha) decidiram ontem, em Viena, na Áustria, que as negociações para a renovação do acordo nuclear com Teerã não ultrapassarão o dia 24 de novembro.
A reunião envolveu o secretário de Estado americano, John Kerry, a chanceler da União Europeia, Catherine Ashton, além de Mohamed Javad Zarif, ministro das Relações Exteriores do Irã. Na sede da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), eles fixaram o prazo de 40 dias para a conclusão de um acordo.
"Faltam 40 dias antes do limite e nenhum dos negociadores acha que uma prolongação é oportuna. Nós compartilhamos desta opinião sobre uma prolongação e acreditamos que não é nem mesmo o caso de pensar nisso", afirmou Zarif. De acordo com o diplomata, houve avanço nas discussões.
Um acordo nuclear definitivo com o Irã substituiria o provisório, que expirou em julho e foi prorrogado. Um dos pontos de maior divergência diz respeito à limitação do volume de urânio que Teerã poderá enriquecer - a quantidade necessária para fins militares é muito maior do que para fins civis, daí a intenção de limitá-lo.
O objetivo do acordo é garantir que o Irã não desenvolva armas nucleares, restringindo seu programa atômico à produção de energia.
Um funcionário do Departamento de Estado americano afirmou a agências de notícias: "Nosso objetivo agora é chegar a um acordo completo até o dia 24 de novembro. As discussões permanecem muito intensas, com um foco determinado, e muito concretas".
Caso não haja um entendimento até o prazo negociado, a tendência é que os governos do P5+1 anunciem novas sanções econômicas contra o Irã.
/ COM REUTERS e AFP