Acusado dos atentados na Dinamarca publicou vídeo a favor do EI

Mensagens foram postadas minutos antes do primeiro ataque; colegas de prisão do suspeito dizem que ele queria integrar EI 

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COPENHAGUE - O dinamarquês acuado de ser o autor dos atentados do fim de semana em Copenhague, que deixaram dois mortos, publicou um vídeo e vários manifestos jihadistas no Facebook minutos do primeiro dos ataques, informou o jornal Ekstra Bladet em seu site.

O jovem de 22 anos, identificado pela imprensa local como Omar al-Hussein, publicou uma hora antes um vídeo no YouTube a favor do grupo terrorista Estado Islâmico (EI). No perfil do jovem, que foi apagado da rede social, houve mais duas atualizações: versos do Corão sobre o extermínio dos infiéis e uma frase em árabe na qual jura lealdade ao EI.

Polícia divulga imagem de suspeito de ter realizado o ataque em Copenhague Foto: AP

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A polícia não quis confirmar essas informações na entrevista convocada em Copenhague nesta segunda-feira, 16.

As autoridades acreditam na hipótese de Omar ter atuado sozinho e não fazia parte de nenhuma organização, uma teoria reiterada nesta segunda pela primeira-ministra Helle Thorning-Schmidt.

Segundo o jornal Berlingske, que cita ex-companheiros de prisão de Hussein, o dinamarquês, de origem palestina, mostrou desejos de se unir ao EI na Síria.

Tanto o jornal Ekstra Bladet como outros meios dinamarqueses divulgaram testemunhos de conhecidos de Hussein e antigos colegas de escola que afirmam que ele já havia expressado "ódio aos judeus".

Foi durante sua estadia na prisão, enquanto cumpria pena por uma agressão violenta grave, que as autoridades penitenciárias avisaram os serviços de inteligência (PET) das ideias extremistas do jovem, admitiu nesta segunda um alto funcionário.

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O chefe do PET, Jens Madsen, havia informado no domingo que o suposto atirador estava "no radar" da inteligência dinamarquesa.

O jovem disparou contra um centro cultural onde ocorria um debate sobre liberdade de expressão, com a participação do cartunista sueco Lars Vilks, ameaçado por grupos islamitas, matando um cineasta dinamarquês de 55 anos e ferindo três policiais.

Depois, o atirador fugiu em um carro e seguiu de táxi até o complexo de Mjølnerparken, no bairro multicultural de Nørrebro, onde há uma alta concentração de população imigrante. Oito horas mais tarde, ele reapareceu em uma sinagoga, no centro da cidade, onde matou um jovem judeu dinamarquês e feriu dois policiais.

O jovem foi morto quatro horas depois pela polícia ao lado da estação de Nørrebro, no norte da cidade, após responder com tiros aos pedidos para que parasse. /EFE

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