PUBLICIDADE

Advogado confirma: libanesa tentou suicídio

Rana Koleilat será transferida para nova carceragem e terá vigilância reforçada

Por Agencia Estado
Atualização:

A economista libanesa Rana Koleilat, presa no domingo por tentativa de suborno e suspeita de envolvimento no assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafic Hariri, tentou suicidar-se na manhã desta quarta-feira, confirmou seu advogado. Rana foi encontrada com um ferimento no pulso esquerdo em sua cela no 89º Distrito Policial de São Paulo, no Portal do Morumbi, por volta das 7h30. Segundo fontes da polícia, a economista teria provocado o corte com um pequeno cortador de papelão, similar a um apontador de lápis, utilizado pelas presas para fazer artesanato. Ela foi levada para o Pronto-Socorro do Campo Limpo, onde recebeu alguns pontos. Segundo o médico que a atendeu, o corte não seria profundo o suficiente para levá-la a morte. Rana já retornou para sua cela. A presa deverá ser transferida ainda nesta quarta-feira para a carceragem da delegacia do Campo Limpo, base do Grupo de Operações Especiais (GOE) da polícia civil paulista. No local, espera-se que Rana, que teme ser morta, tenha proteção total contra um possível atentado contra sua vida. Rana Abdel Rahim Koleilat, de 39 anos, foi presa no último fim de semana na zona norte de São Paulo ao tentar subornar dois policiais que cumpriam uma ordem de localização da suspeita expedida pelo escritório da Interpol em Beirute. As autoridades do Líbano, que suspeitam que Rana tenha envolvimento na morte do ex-primeiro-ministro libanês Rafic Hariri, já encaminharam um pedido de extradição da presa ao governo brasileiro. Para que a presa seja transferida, a justiça brasileira terá que decidir sobre o que fazer com o processo aberto contra ela por tentativa de suborno. Rana é acusada de uma fraude bancária no valor de US$ 1,2 bilhão, que levou à falência do Banco Al-Madina, no Líbano. Parte do dinheiro desviado teria ido parar nas mãos dos serviço secreto sírio, o que fez de Rana suspeita de financiar o atentado que matou Hariri, em fevereiro de 2005.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.