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Alemanha enviará 1,2 mil soldados para combater EI

Envolvimento na guerra seria o preço a pagar pelo apoio da França na solução da crise de refugiados na Europa

Atualização:

FRANKFURT - O chefe de Defesa da Alemanha, Volker Wieker, disse ontem que, até o fim do ano, 1,2 mil soldados alemães poderão embarcar para o Oriente Médio para fornecer ajuda em serviços para aviões e navios a uma coalizão que combate o Estado Islâmico (EI). 

A chanceler alemã, Angela Merkel, já havia prometido apoiar a ofensiva contra o EI durante as recentes conversas com o presidente francês, François Hollande, que, após os ataques do dia 13, em Paris, pediu ajuda a mais países para combater os militantes.

À esquerda, chanceler alemã Angela Merkel; à direita, presidente francês François Hollande Foto: AFP PHOTO/ETIENNE LAURENT

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O plano, que ainda precisa ser aprovado pelo Parlamento alemão, foi revelado por Wieker ao tabloide alemão Bild am Sonntag. Ele não inclui o envolvimento direto dos militares na ofensiva aérea. Na Alemanha, a opinião pública ainda não aprova o envio de forças ao exterior, exceto para missões de paz, em parte em razão das memórias do expansionismo militar nazista.

Ao jornal, Wieker disse que uma fragata alemã acompanharia o porta-aviões francês Charles de Gaulle, cujos aviões reabastecerão os jatos da coalizão. “Do ponto de vista militar, seriam necessários cerca de 1,2 mil soldados”, afirmou Wieker. Segundo ele, a Alemanha está negociando com a Jordânia e a Turquia uma base de aviões Tornado para reconhecimento da região. 

Na semana passada, um deputado alemão afirmou que o país mobilizaria jatos de reconhecimento para apoiar a França na luta contra os militantes do Estado Islâmico na Síria. Segundo autoridades alemãs, Merkel viu um papel maior da Alemanha como um preço a pagar pelo apoio a Hollande no combate à crise de refugiados na Europa. / REUTERS

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