Alemanha incentivará retorno voluntário de refugiado que teve asilo negado

Procedentes de mais de 40 países, as famílias poderão receber até 3 mil euros para voltar para casa

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BERLIM - O governo da Alemanha quer incentivar o retorno voluntário de refugiados que tiveram seus pedidos de asilo negados com um "apoio à reintegração" no país de origem de até 3 mil euros, informou neste domingo, 3,  o semanário "Bild am Sonntag".

"Queremos apoiá-los com auxílios concretos para a reintegração. Se eles decidirem pelo retorno voluntário até o fim de fevereiro, poderão receber, além da ajuda inicial, apoio para moradia nos seus países de origem para os 12 primeiros meses", explicou o ministro de Interior da Alemanha, Thomas de Maizière, ao "Bild am Sonntag".

Refugiados Foto: Navesh Chitrakar / Reuters

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Dessa forma, as famílias de refugiados que tiveram seus pedidos de asilo negados na Alemanha, procedentes de mais de 40 países, poderão receber até 3 mil euros para voltar para casa. Além disso, o governo alemão poderá pagar mais 1 mil euros por pessoa se essa solicitação de retorno for feita até 28 de fevereiro.

A Alemanha já adotava uma política similar, mas com valores menores. Até o momento, os solicitantes de asilo recebiam 1,2 mil euros para deixar o país. Para cada criança, o valor era de 600 euros. No entanto, apenas 8.639 fizeram uso do programa entre fevereiro e outubro deste ano.

Dos 115 mil refugiados com pedidos de asilo negados, 80 mil ainda vivem sob o status de "tolerados" na Alemanha. Os outros 35 mil receberam ordens de deixar o país. No entanto, entre janeiro e setembro, o governo só conseguiu expulsar 19,5 mil pessoas.

+++ Dois anos depois, acolhida de refugiados continua dividindo a Alemanha

As expulsões são difíceis de realizar por causa da falta de documentos de identidade dos refugiados, a pouca cooperação dos países de origem e porque cada deportação também tem elevado custo, ressalta o semanário. / EFE

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