Amigo de Netanyahu concorda em depor em caso de corrupção que envolve o premiê

Shlomo Filber foi preso nesta semana junto a executivos de alto escalão da empresa de telecomunicações Bezeq

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JERUSALÉM - Um amigo do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, concordou em se tornar testemunha do Estado em uma de várias investigações de corrupção que representam uma séria ameaça à sobrevivência política do premiê conservador, noticiou a imprensa local nesta quarta-feira, 21.      

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Shlomo Filber (esq.), indicado pessoal de Netanyahu para comandar o Ministério das Comunicações, foi preso nesta semana Foto: REUTERS

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A decisão de Shlomo Filber de depor contra seu ex-chefe é uma reviravolta dramática para Netanyahu. A mudança de postura do colega do premiê pode deixar o líder em sua situação mais frágil até o momento, e um opositor já o descreveu como “cadáver político”.

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O desdobramento também alimentou especulações de que Netanyahu, de 68 anos, convocará uma eleição antecipada para deter os procedimentos legais durante a campanha e insuflar a base de direita que o sustenta no poder.

O premiê nega todas as alegações que pesam contra ele, e disse que buscará um quinto mandato em uma eleição nacional prevista para o fim de 2019. Até agora, os parceiros de sua coalizão de governo se mantiveram ao seu lado, mostrando pouco interesse em derrubá-lo em função das investigações e correrem o risco de uma eleição antecipada.

Filber, indicado pessoal de Netanyahu para comandar o Ministério das Comunicações, foi preso nesta semana, assim como executivos de alto escalão da empresa de telecomunicações Bezeq, a maior do setor no país.

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Em reportagens sem citar fontes, a mídia de Israel disse que Filber agora concorda em testemunhar para o Estado no caso, oferecendo provas que devem complicar a batalha de Netanyahu para superar sua crise legal.

Um porta-voz do setor de combate à corrupção da polícia não quis comentar o caso, e o advogado de Filber não estava disponível de imediato para confirmar se ele chegou a um acordo de delação. / REUTERS

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