Análise: Cargo de premiê de Israel dá acesso a máquina de guerra e a botão nuclear

Cenários mais ousados acreditam que possa haver até 200 artefatos, com lançadores de mísseis Jericó 2 de alcance intermediário, na faixa entre 1,7 mil km e 2 mil km

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O governante de Israel tem uma eficiente, bem treinada e bem equipada máquina de guerra convencional ao alcance de um chamado de telefone. E, mais perto ainda, pode acionar o botão vermelho da única força nuclear pronta para uso do Oriente Médio.

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A capacidade é conhecida dos serviços de inteligência do resto do mundo, conta com muitas instalações secretas e tem armas provadas em ensaios digitais - mas, a rigor, nunca foi admitida por Jerusalém. É um arsenal e tanto.

As análises mais conservadoras estimam em 80 o número de ogivas, bombas, e cargas diversas, entre as quais as pequenas 'schoolbags', semelhantes a mochilas, destinadas a operações especiais contra alvos limitados - um complexo gerador de energia, por exemplo, ou uma grande instalação militar.

Outros cenários acreditam que possa haver até 200 artefatos. Os lançadores são os mísseis Jericó 2 de alcance intermediário, na faixa entre 1,7 mil km e 2 mil km - o suficiente para atingir objetivos estratégicos na região.

General Benny Gantz, do partido Azul e Branco, vencedor das eleições para as cadeiras do parlamento de Israel Foto: Sergey Ponomarev/The New York Times

ão foguetes balísticos de 14 metros, 1,56 m de diâmetro, 26 toneladas de peso, capazes de levar uma tonelada de explosivos ou uma cápsula nuclear de 1 megaton, o equivalente a um milhão de toneladas de TNT.

Haveria de 90 a 100 Jericó 2 estocados nas cavernas Zekharia, sob controle da base aérea de Sdot Micha, a cerca de 400 km do Mar Vermelho. Mais reservado ainda, o Jericó 3, recebido formalmente pelas forças armadas israelenses em 2011, é maior, pesa 30 toneladas e com o mesmo poder de destruição atômica da versão anterior, é capaz de cobrir até 6,5 mil km, chegando à África, Europa, Ásia, parte da América do Norte e, claro, a qualquer ponto do Oriente Médio.

Segundo relatório da Federação dos Cientistas Americanos, o comando das Forças de Defesa de Israel tem ao menos dois esquadrões aéreos com jatos F-15I F-16I convertidos para ataque atômico. E também pode lançar mísseis nucleares a partir de cinco submarinos da classe Dolphin/Tanin.

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