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Ao menos 54 policiais são mortos durante tiroteio em Cairo, no Egito

Segundo as autoridades, a troca de tiros começou na sexta-feira, 20, após uma incursão de forças de segurança egípcias em um esconderijo terrorista

Por AP
Atualização:
Blindados da força de segurança do Egito no local dos conflitos 

CAIRO - Ao menos 54 policiais, incluindo 20 oficiais e 34 recrutas, foram mortos quando uma incursão em um esconderijo, no sudoeste de Cairo, resultou em um intenso tiroteio, neste sábado, 21. Segundo as autoridades, foi um dos ataques mais violentos de militantes contra forças de segurança egípicias dos últimos anos.

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As autoridades disseram que a troca de tiros começou no final da sexta-feira, 20, na área de al-Wahat al-Bahriya, na província de Gizé, a cerca de 135 quilômetros da capital Cairo. Tudo começou quando forças de segurança tentaram invadir o esconderijo de militantes da região.

As autoridades disseram que o que aconteceu a seguir não é claro, mas há indícios de que os agentes ficaram sem munição e que os militantes capturaram vários policiais, para depois matá-los. Um oficial conseguiu escapar em seu veículo blindado. Ainda segundo fontes do país, a força policial pode ter caído em uma emboscada planejada pelos militantes. O número de mortos pode aumentar, acrescentaram.

A última vez que as forças de segurança egípcias sofreram uma baixa tão grande foi em julho de 2015, quando extremistas do grupo Estado Islâmico realizaram uma série de ataques coordenados, incluindo atentados suicidas contra policiais na península do Sinai, resultando na morte de ao menos 50 agentes.

Em nota divulgada neste sábado, 21, o governo anuncia que o incidente da sexta-feira seria investigado, sugerindo que o elevado número de mortes pode ter sido parcialmente causado por conta de falhas na inteligência ou falta de coordenação.

O Ministério do Interior do Egito, que está encarregado das ações, anunciou um número de mortos menor. Segundo o órgão, 16 pessoas morreram no tiroteio.

Os ataques de militantes contra forças governamentais aumentaram significativamente desde a expulsão do presidente islâmico Mohammed Morsi, em 2013. O país está em estado de emergência desde abril, quando uma série de atentados suicidas dirigidos a cristãos mataram mais de 100 pessoas. À época, os ataques foram reivindicados pelo Estado Isâmico.

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