Astro da BBC abusou de pacientes e cadáveres, diz investigação

Apresentador Savile, morto em 2011, já era investigado por cometer abusos sexuais nos hospitais em que trabalhava como voluntário

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LONDRES - O apresentador de TV britânico Jimmy Savile, morto em 2011, abusou sexualmente de pacientes entre 5 e 75 anos em hospitais onde fazia trabalho voluntário durante décadas, afirmaram investigadores nesta quinta-feira, 26. Savile já tinha sido acusado de cometer centenas de abusos nos hospitais e no prédio da BBC, onde trabalhava.

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De acordo com a investigação, o apresentador abusava dos pacientes em seus leitos, nos corredores e nos consultórios. Os relatórios do caso citam 28 hospitais, entre eles o Hospital Geral Leeds e o Hospital Psiquiátrico Broadmoor. Além dos pacientes, Savile também abusava de visitantes e funcionários dos hospitais.

Investigadores da área da saúde disseram que Savile pode ter abusado de cadáveres. Uma informação divulgada afirma que o apresentador, que já havia falado publicamente sobre sua fascinação pela morte, abusou sexualmente de cadáveres no necrotério do hospital Leeds.

Segundo o Departamento de Saúde, os detalhes das "atividades depravadas" cometidas pelo apresentador "são chocantes".

"Naquele tempo (anos 70), a nação tinha Savile como um tesouro nacional excêntrico, mas fortemente comprometido com causas de caridade. Os relatórios de hoje nos mostram que na realidade ele era um criminoso sexual doentio que repetidamente se aproveitou da confiança da nação para cometer atos vis", afirmou o secretário da Saúde, Jeremy Hunt.

Detetives iniciaram uma investigação em 2012, após acusações sobre o comportamento abusivo de Savile feitas em um documentário de TV. O escândalo causou uma das mais graves crises da história da BBC, rede de TV pública britânica.

O apresentador foi uma das maiores estrelas da BBC nos anos 70 e 80 e recebeu o título de cavaleiro da rainha Elizabeth II e foi condecorado pelo papa João Paulo II por seu trabalho de caridade. De acordo com um relatório divulgado no ano passado, Savile utilizou sua imagem e status de celebridade para ter acesso a crianças vulneráveis e cometer os crimes sexuais listados, incluindo 34 estupros, por toda a Grã-Bretanha. / AP e EFE

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