Ataque contra base militar foi cometido por cerca de 20 ‘mercenários’, diz Maduro

Presidente venezuelano afirmou que dois dos envolvidos foram mortos pelas forças militares; chavistas qualificaram a ação como ‘terrorista’ e informaram que oito pessoas foram presas

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CARACAS - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse no domingo 6 que o ataque a uma base militar perto da cidade de Valencia foi cometido por um grupo de cerca de 20 "mercenários", e dois deles foram mortos pelas forças militares, que os repeliram com sucesso. Ele também pediu "pena máxima" para os responsáveis pela ação.

Mais cedo, o Exército venezuelano frustrou uma rebelião contra o líder chavista no Forte Paramacay, no norte do país. Segundo o governo, duas pessoas morreram em confrontos dentro da base. Os chavistas qualificaram a ação de “terrorista” e afirmaram que oito pessoas foram presas.

Exército venezuelano frustrou uma rebelião contra Nicolás Maduro no Forte Paramacay Foto: AP Photo/Juan Carlos Hernandez

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O levante começou às 5 horas (6 horas em Brasília), após a divulgação nas redes sociais e em vários meios de comunicação de um vídeo gravado na 41.ª Brigada Blindada de Valencia, no qual Juan Caguaripano, capitão da Guarda Nacional Bolivariana (GNB), declara uma “rebelião” contra o governo.

“Nós nos declaramos em rebelião legítima, denunciamos a tirania assassina de Nicolás Maduro. Esclarecemos que isto não é um golpe, esta é uma ação cívica e militar para restaurar a ordem constitucional”, afirma Caguaripano.

O forte foi então cercado por tanques e helicópteros. Em seguida, homens armados entraram na base e houve troca de tiros. “Os invasores foram repelidos imediatamente”, disse o general Remigio Ceballos.

Caguaripano era procurado desde 2014 por rebelião militar e “traição à pátria”. Ele estaria foragido nos EUA. No vídeo divulgado, ele aparece ao lado de outros 15 homens vestidos em uniformes do Exército, alguns armados. O outro militar do grupo seria um “tenente desertor”. O restante dos envolvidos na rebelião eram civis em uniforme militar, segundo o governo. / REUTERS

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