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Atentado palestino ameaça retirada de Israel

Por Agencia Estado
Atualização:

Palestinos armados mataram hoje cinco israelenses em dois ataques no norte de Israel, colocando em dúvida a retirada israelense de duas cidades da Cisjordânia que haviam sido ocupadas por tropas de Israel para prevenir ataques. Enquanto as cidades de Belém e de Beit Jalla permaneciam tranqüilas hoje, funcionários israelenses afirmaram que os ataques não podiam ser ignorados e seriam um fator a ser considerado na decisão sobre a retirada dos soldados israelenses de duas cidades da Cisjordânia, planejada para hoje. "Queremos retirar nossos soldados", afirmou Raanan Gissin, assessor do primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon. "No entanto", disse ele, "não podemos ignorar o fato de que houve ataques contra nossos cidadãos e que temos de tomar todas as medidas e meios necessários para protegê-los". No primeiro ataque, palestinos armados mataram um soldado israelense num ataque perto da fronteira com a Cisjordânia. Em telefonema anônimo à Associated Press, o ataque foi reivindicado pela Brigada Al Aqsa, afiliada ao movimento Fatah, do líder palestino Yasser Arafat. A morte do soldado seria uma revanche pelo assassinato, no sábado, de um ativista da Fatah, em Tulkarem. No segundo ataque, dois palestinos armados a bordo de um veículo, na cidade de Hadera, ao norte de Tel-Aviv, atiraram contra israelenses parados num ponto de ônibus hoje à tarde, matando quatro pessoas e ferindo 28, três das quais seriamente, segundo testemunhas e funcionários de hospitais. Hadera fica a apenas 12 quilômetros da Cisjordânia e tem sido um alvo freqüente de ataques por parte de militantes palestinos. O grupo palestino militante Jihad Islâmica reivindicou a autoria do ataque, numa mensagem distribuída numa fita de vídeo. Os autores dos tiros foram identificados como Youssef Sweitat, de 22 anos, e Nidal al-Jabali, de 23. Na fita, os dois aparecem de pé, em frente à uma faixa com os dizeres "Jihad Islâmica" e a uma foto de uma menina palestina de 10 anos, morta na semana passada. Os líderes palestinos condenaram veementemente o ataque em Hadera, e avisaram ter instruído o comando de segurança a procurar os autores e trazê-los para julgamento, "por violação do cessar-fogo, dos compromissos palestinos e do interesse nacional palestino".

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