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Atiradores matam 18 pessoas e ferem 50 em shopping de Bagdá

Ação em bairro de maioria xiita no leste da capital iraquiana foi reivindicada pelo grupo jihadista Estado Islâmico; forças de segurança mataram dois e prenderam quatro terroristas no local

Atualização:

(Atualizada às 16h15) BAGDÁ - Homens armados atacaram nesta segunda-feira, 11, um centro comercial no leste de Bagdá em um bairro de maioria xiita, matando ao menos 18 pessoas e ferindo outras 50, segundo autoridades iraquianas.

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Fontes de segurança e de saúde disseram de forma anônima que antes de entrarem no complexo comercial os atiradores detonaram um carro-bomba em um dos acessos do edifício. Entre os mortos do ataque, que durou cerca de uma hora e meia, estariam ao menos policiais, disseram as fontes.

O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) divulgou declaração na internet assumindo a autoria do ataque na qual disse que quatro de seus membros tinham como alvo uma reunião de "pagãos rejeicionista", forma depreciativa pela qual os jihadistas se referem aos muçulmanos xiitas.

O ataque foi tratado desde o princípio como uma situação com reféns e as autoridades estimaram que até 50 pessoas poderiam estar sob ameaça dos atiradores. Forças de segurança cercaram o shopping e o invadiram pelo teto, matando dois atiradores e prendendo outros quatro antes de declarar o local sob controle.

Depois da ação dos terroristas, o governo iraquiano fechou o acesso à Zona Verde de Bagdá, área onde fica a maioria das embaixadas e dos prédios governamentais. Uma grande quantidade de estradas, centros comerciais e pontes em toda a capital iraquiana também tiveram o aceso controlado em razão do temor de novos atentados.

O Iraque tem sofrido em razão de um conflito sectário principalmente entre xiitas e sunitas agravado pela ascensão dos insurgentes sunitas ultra-radicais do EI. 

Na manhã desta segunda, 5 pessoas foram mortas e 12 ficaram feridas na explosão de um carro-bomba em um mercado lotado em outro ataque reivindicado pelo EI em Baquba, a 65 km de Bagdá. / REUTERS, AP e EFE

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