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Austrália acha objetos que podem ser de Boeing desaparecido

Premiê australiano diz que imagens de satélite mostram destroços flutuando no Oceano Índico; aviões de resgate ainda têm de confirmar informação

Atualização:

O primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, disse na madrugada desta quinta-feira no Parlamento do país, que imagens de satélite identificaram dois objetos flutuando no Oceano Índico, a 2.300 quilômetros de Perth, costa oeste australiana, que poderiam ser da aeronave. "Depois de analisarmos imagens de satélites, identificamos dois objetos possivelmente ligados às buscas", disse Abbott.

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O governo australiano enviou um avião de resgate Orion e outras três aeronaves ao local. Segundo autoridades em Camberra, o maior objeto que flutuava na água tinha cerca de 24 metros.

O voo MH370 partiu de Kuala Lumpur, na Malásia, à 0h41 do dia 8 (13h41 em Brasília, dia 7) e tinha previsão de chegada a Pequim seis horas mais tarde, mas desapareceu dos radares 40 minutos depois da decolagem. Segundo a Malaysia Airlines, o Boeing tinha combustível para 7 horas e meia de voo. Em um determinado ponto do Golfo da Tailândia, os sistemas de comunicação e o transponder foram desligados e o avião desviou a rota para oeste.

A aeronave, no entanto, continuou a enviar sinais que foram captados por radares, que mostravam que o jato voou por cerca de 4 horas, tempo em que os motores teriam permanecido ligados, antes de desaparecer completamente.

Durante os primeiros dias, as buscas se concentraram no Mar do Sul da China, mas foram transferidas para o Oceano Indico após a descoberta de que o Boeing havia desviado sua rota para o oeste. Após 13 dias de angústia, especialmente para as famílias dos desaparecidos, o mistério parece perto do fim.

Além das buscas pelos restos do avião, investigadores tentam descobrir por que o Boeing desviou sua rota. Nesta quarta-feira, autoridades da Malásia pediram ao FBI ajuda na investigação do desaparecimento do avião. De acordo com um funcionário do governo dos EUA, que pediu anonimato por não estar autorizado a dar declarações sobre o caso, os malaios forneceram dados eletrônicos para a polícia federal americana.

Simulador de voo. O ministro da Defesa da Malásia, Hishammuddin Hussein, que acumula a pasta do Transporte, afirmou que a investigação tenta recuperar arquivos deletados do simulador de voo apreendido na casa do comandante da aeronave, Zaharie Ahmed Shah. Eles contêm registros das simulações feitas no equipamento e foram apagados em 3 de fevereiro.

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"Os especialistas estão buscando registros eletrônicos, o que foi removido", afirmou o inspetor-geral da polícia malaia, Khalid Abu Bakar, durante uma entrevista coletiva em Sepang, nas proximidades da capital, Kuala Lumpur. O policial recusou-se a das mais detalhes sobre o assunto.

O secretário de Justiça dos EUA, Eric Holder, afirmou nesta quarta que as autoridades americanas estão preparadas para auxiliar como puderem para a solução do mistério. Investigadores afirmaram que a mudança que teria ocorrido na rota original da aeronave, provavelmente, foi feita por alguém com experiência em aviação. / REUTERS, NYT e AP

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