Segurança tinha dois empregos, porte de arma e havia sido alvo de investigação federal por supostas ligações com grupos terroristas
Por Redação
Atualização:
ORLANDO - O autor do massacre deste domingo, 12, na boate LGBT em Orlando foi investigado duas vezes entre 2013 e 2014 por suas possíveis ligações com grupos terroristas. O agente do FBI Ron Hopper confirmou em entrevista coletiva que Omar Mir Seddique Mateen fez a colegas de trabalho “comentários que sugeriam suas possíveis ligações com terroristas”, o que levou as autoridades a levantar seus antecedentes, com imagens de câmeras de vigilância e entrevistas com ele em duas ocasiões.
O agente confirmou que as investigações foram encerradas por falta de provas e também pela impossibilidade de confirmar a veracidade dos comentários. Em 2014, Mateen reapareceu no radar das autoridades por suposta ligação com Abusalha Moner Mohammad, extremista com nacionalidade americana que morreu em um ataque suicida na Síria. O FBI realizou uma investigação e entrevistou novamente Mateen, mas concluiu que o contato foi mínimo e ele “não constituía ameaça naquele momento”, disse Hopper.
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Segundo o agente, Mateen teria feito uma chamada para o número de emergência 911, declarando sua lealdade aos líderes do Estado Islâmico (EI). Hopper também disse que o FBI continua investigando as possíveis ligações dele com grupos de afiliação islâmica dentro e fora dos EUA.
O pai de Omar, Seddique Mateen, também conhecido como Mir Seddique, descartou motivos religiosos para a ação e apontou para homofobia. “Isso não tem nada a ver com religião”, disse ele à rede de televisão NBC News.
Homem mata 50 no pior tiroteio da história dos EUA
1 / 23Homem mata 50 no pior tiroteio da história dos EUA
Ataque em Orlando
Um homem matou 50 pessoas e deixou 53 feridos em um ataque em uma boate em Orlando, nos EUA, na madrugada de domingo, 12 Foto: _pixel_trappa
Ataque em Orlando
A boate Pulse (foto), local do ataque, é frequentadapelo público LGBT Foto: AP Photo/Chris O'Meara
Omar Mateen
O atirador, identificado como Omar Mateen, de 29 anos, é americano e filho de afegãos. Ele mantinha uma página com selfies na rede social MySpace Foto: MySpace/Reprodução
Ataque em Orlando
O presidente Barack Obama classificou o ataque como um "ato de terror e ódio" e, na Casa Branca, a bandeira americana foi hasteada a meiomastro Foto: Stephen Crowley/The New York Times
Ataque em Orlando
Dezenas de viaturas policiais, incluindo uma equipe da SWAT, invadiram a área em torno da casa noturna. Pelo menos duas caminhonetes da polícia foram ... Foto: AP Photo/Phelan M.EbenhackMais
Ataque em Orlando
Por volta das 2h no horário local (cerca de 3h no horário de Brasília), Mateen entrou armado de um rifle e uma arma de pequeno porte, além de um "disp... Foto: AP Photo|Phelan M. EbenhackMais
Ataque em Orlando
Ele entrou abrindo fogo dentro de estabelecimento e um policial que trabalhava como segurança dentro da boate revidou ao ataque também a tiros Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
Ataque em Orlando
Na foto, profissionais do hospital regional aguardam a chegada de vítimas de ataque que deixou 50 mortos e 53 feridos Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
Ataque em Orlando
A área do entorno da boate foi isolada e a polícia investiga o tiroteiocomo um ataque terrorista Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
Ataque em Orlando
Omar Mateen chegou a fazer reféns dentro da boate e, por volta das 6h (Brasília), foi morto por uma agente da SWAT, elite da polícia norte-americana, ... Foto: AP Photo/Phelan M. EbenhackMais
Ataque em Orlando
Amigos, familiares e envolvidos aguardam mais informações sobre as vítimas e as investigações nos arredores da delegacia Foto: REUTERS/Steve Nesius
Ataque em Orlando
Amigos e parentes das vítimas aguardam mais informações das autoridades que apuram as causas do ataque Foto: REUTERS/Steve Nesius
Ataque em Orlando
Segundo o FBI, a polícia faz buscas na casa do atirador e procura no perfil das redes sociais de Omar Mateen informações ou pistas que liguem o atirad... Foto: REUTERS/Steve NesiusMais
Ataque em Orlando
Não está descartada a hipótese de motivação religiosa no caso Foto: REUTERS/Steve Nesius
Ataque em Orlando
Segundo o chefe da polícia de Orlando, JohnMina, o homem estava munido de algum tipo "suspeito" de dispositivo e chegou a trocar tiros com um seguranç... Foto: EFE/EPA/CRISTOBAL HERRERAMais
Ataque em Orlando
O tiroteio foi considerado o pior da história dos EUA Foto: Gerardo Mora/Getty Images/AFP
Ataque em Orlando
Um policial que trabalhava como segurança dentro da boate Pulse, o nome da casa que abrigou o incidente, trocou tiros com o suspeito por volta das 2h ... Foto: REUTERS/Steve NesiusMais
Ataque em Orlando
"Nos próximos dias iremos procurar entender onde esse indivíduo se inspirou para colocar em prática esse horrível ato de terrorismo", afirmou à rede d... Foto: REUTERS/Kevin KolczynskiMais
Ataque em Orlando
"Este é um incidente que, a meu ver, certamente pode ser classificado como um incidente doméstico de terrorismo" disse o xerife do condado de Orange, ... Foto: AP Photo/Phelan M. EbenhackMais
Ataque em Orlando
Inicialmente, a polícia disse por meio do Twitter que o barulho ouvido perto do local do tiroteio teria sido uma "explosão controlada" Foto: AP Photo/Phelan M. Ebenhack
Ataque em Orlando
Um dos frequentadores da casa noturna, Rob Rick contou que o ataque teve início por volta das 2h da manhã, pouco antes do encerramento da festa. "Todo... Foto: AP Photo/Phelan M. EbenhackMais
Ataque em Orlando
Apesar do ataque, a Parada Gay ocorreu na Filadélfia Foto: Jessica Kourkounis/Getty Images/AFP
Ataque em Orlando
Em Washington, a polícia a segurança no Festival do Orgulho Gay. Acima, imagem do evento na Filadélfia, que também ocorreu apesar do ataque em Orlando Foto: Jessica Kourkounis/Getty Images/AFP
Mir Seddique afirmou que seu filho ficou transtornado, há cerca de dois meses, durante viagem a Miami, quando viu dois homens se beijando. Ele acredita que o episódio possa estar por trás do ataque. “Peço desculpas pelo incidente. Não estávamos conscientes de que ele estivesse premeditando algum tipo de ação. Estamos em estado de choque da mesma forma que todo o país”, disse.
“Ele não era uma pessoa estável”, declarou a ex-mulher de Mateen ao jornal The Washington Post, sob a condição de anonimato. “Ele me batia. Vinha para casa e começava a me machucar porque eu não tinha lavado as roupas ou coisas assim”, afirmou a mulher, que conheceu o suspeito há oito anos na internet e decidiu se mudar para a Flórida para se casar com ele, em março de 2009.
No início dos poucos meses em que estiveram casados, “ele parecia ser normal” até que se tornou violento. Ela disse que o marido não era muito religioso e ia à academia com frequência fazer exercícios. Segundo a ex-mulher, ele nunca deu sinais de ter se radicalizado e tinha porte de armas pois trabalhava em uma empresa de segurança e como guarda em um centro de delinquentes juvenis.
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A ex-mulher disse que seus pais intervieram ao saber que Mateen a agrediu. Eles foram para Fort Pierce, onde o casal morava, e a tiraram de casa. Ela disse ainda que não teve mais contato com Mateen, apesar de suas tentativas de se comunicar. O divórcio foi formalizado em 2011. / EFE