Autoridades francesas identificam outros dois suspeitos dos ataques em Paris

Ahmad Al Mohammad teria realizado o ataque no Stade de France; Samy Aminour teria promovido o atentado à casa de shows Bataclan

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Por Redação
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(Atualiada às 10h15) PARIS - Autoridades francesas afirmaram nesta segunda-feira, 16, que identificaram mais dois suspeitos dos ataques terroristas em Paris na sexta-feira: Ahmad Al Mohammad e Samy Aminour.

Segundo a promotoria da França, Aminour tem 28 anos, é de Drancy, norte de Paris, e era conhecido das unidades de combate ao terrorismo após ter sido colocado sob investigação e controle judicial por tentar viajar para o Iêmen.

Ele desapareceu em 2013 e era alvo de um mandado internacional de prisão. De acordo com informações da Agência France-Presse, Aminour foi para a Síria há dois anos.

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"Cinco dos terroristas mortos agora foram identificados", acrescentou a promotoria.

Aminour teria promovido o ataque à casa de shows Bataclan. Mohammad teria realizado o atentado no Stade de France.

Segurança. O primeiro-ministro da França, Manuel Valls, reconheceu nesta segunda-feira a possibilidade de que aconteçam novos atentados terroristas "nestes próximos dias, nestas próximas semanas", e advertiu que a ameaça se manterá por "muito tempo".

Em entrevista à emissora RTL, Valls explicou que desde a noite passada foram realizados em diferentes pontos da França "mais de 150 revistas" como parte de uma série de operações antiterroristas e que elas "vão continuar".

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Valls advertiu que "é preciso esperar novas réplicas" dos ataques e lembrou que "há meses o país está em guerra contra o terrorismo".

O premiê disse que após a onda de atentados em Paris, causando a morte de pelo menos 129 pessoas, o terrorismo pode voltar a atacar. "A vida deve voltar a se recuperar porque vamos viver muito tempo com esta ameaça terrorista", prosseguiu.

Valls confirmou que foram destruídos "dois alvos operacionais" do Estado Islâmico (EI) que foram bombardeados na noite passada por caças franceses na cidade síria de Raqqa. Ele vinculou a ação militar com os ataques jihadistas na sexta-feira. "Esse atentado foi organizado, pensado, planejado na Síria", afirmou.

Ao ser questionado pelo chefe da oposição, Nicolas Sarkozy, a respeito de medidas de residência vigiada ou de imposição do bracelete eletrônico às pessoas fichadas pelos serviços secretos em razão da radicalização religiosa ou possíveis vínculos com o terrorismo, Valls destacou que não se deve descartar "nenhuma reflexão".

Além disso, em uma linha de firmeza contra o fundamentalismo islâmico, ele disse que "é preciso fechar as mesquitas e as associações que atacam os valores da República". /REUTERS, AFP e EFE

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