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Autoridades líbias não reconhecidas cedem poder a governo de união

Governo formado por milícias que invadiram Trípoli dizem que entrega o poder para conter o derramamento de sangue

Atualização:

TRÍPOLI - As autoridades líbias não reconhecidas pela comunidade internacional e instaladas na capital Trípoli anunciaram nesta terça-feira que vão ceder o poder ao governo de união apoiado pela ONU.O país enfrenta o caos desde o fim do regime de Muamar Kadafi, em 2011.

"Informamos que cessaremos as atividades do Poder Legislativo, da presidência, dos parlamentares e ministros" explicou o governo não reconhecido em um comunicado, emitido uma semana depois da chegada no país do primeiro-ministro Fayez al-Sarraj, líder das novas autoridades.

Primeiro-ministro designado Fayez al-Sarraj após chegar em Trípoli para assumir o governo de reconciliação Foto: AFP / MAHMUD TURKIA

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A decisão foi tomada para "acabar com o derramamento de sangue e para evitar a divisão do país", acrescentou o comunicado divulgado no site dao Ministério de Justiça não reconhecido, com sede em Trípoli. O regime liderado por Khalifa Ghweil disse que a partir de agora "já não era responsavel pelo que possa ocorrer no futuro".

A Líbia conta com dois governo rivais desde meados de 2014, quando uma aliança de milícias tomou o controle da capital, forçando o Parlamento reconhecido internacionalmente a mudar-se para o leste da Líbia.

Sarraj, um homem de negócios de Trípoli, ainda não recebeu apoio oficial desse Parlamento, que continua realizando suas sessões em Tobruk, no leste. 

Sarraj foi nomeado chefe de governo designado em dezembro, após várias negociações patrocinadas pela ONU. Ele chegou à Líbia de barco na quarta-feira passada e pediu a todas as forças do país que apoiem seu governo.

A Tunísia anunciou na segunda-feira a reabertura de sua embaixada em Trípoli, fechada em 2014, quando a cidade caiu nas mãos da milícia. A França também estuda voltar ao país norte-africano. /AFP

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