Avião teria se chocado contra vulcão

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Por Agencia Estado
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Membros de uma patrulha aérea de resgate avistaram nesta terça-feira os restos do Boeing 727-200 da companhia equatoriana Transportes Aéreos Militares do Equatorianos (Tame), desaparecido nesta segunda-feira, com 92 pessoas a bordo. Os restos do avião estão numa das encostas do vulcão Cumbal, no sudoeste da Colômbia e a poucos quilômetros da fronteira com o Equador. Com base em relatos de camponeses locais, segundo os quais o avião chocou-se contra o vulcão, especialistas indicaram que há poucas esperanças de que algum passageiro tenha sobrevivido. As autoridades responsáveis pela aviação civil tanto do Equador quanto da Colômbia, no entanto, afirmaram que a esperança de encontrar sobreviventes deve manter-se até que equipes de resgate terrestres cheguem ao local. O vulcão Cumbal, que se ergue 4.764 metros acima do nível do mar, localiza-se na Cordilheira dos Andes, na linha de fronteira, e tem encostas no território dos dois países. Ao lado, outro vulcão, o Chiles, no território colombiano, está a 4.723 metros de altitude. As buscas, sob chuva fina e intensa, ao Boeing concentraram-se ao redor dos dois vulcões. O avião partiu de Quito, capital equatoriana, nesta segunda-feira de manhã, com destino às cidades colombianas de Tulcán e Cali. O Boeing, no entanto, perdeu contato com a torre de controle e sumiu do radar poucos minutos depois da decolagem, sem que o piloto tivesse enviado qualquer sinal de problema mecânico. A possibilidade de a queda ter sido causada por um ataque terrorista, no entanto, estava praticamente descartada pelos investigadores. "Este é o tipo de acidente que ocorre durante a aproximação (o aeroporto de Tulcán fica a poucos quilômetros do vulcão), em condições de tempo que prejudicam a visibilidade", afirmou o comandante da Força Aérea da Colômbia, brigadeiro Fábio Velasco. "Pessoalmente, descarto totalmente a tese de seqüestro." Segundo a lista de passageiros da Tame, 46 passageiros eram equatorianos, 43 colombianos, 2 espanhóis e 1 cubano. No dia 17, outro avião equatoriano - um bimotor da companhia petrolífera Petroecuador - caiu também perto da fronteira com a Colômbia, causando a morte de seus 26 ocupantes.

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