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Baby Doc é indiciado por corrupção e desvio de dinheiro público no Haiti

Jean Claude Duvalier foi detido à tarde e levado para um tribunal, onde prestou depoimento

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Por Redação
Atualização:

O ex-ditador haitiano Jean Claude Duvalier, o Baby Doc, foi indiciado nesta terça-feira, 18, por corrupção e desvio de dinheiro público. Baby Doc, que retornou inesperadamente ao país após um exílio de 25 anos na França, foi detido à tarde no hotel em que está hospedado e levado para um tribunal de Porto Príncipe. 

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Veja também:linkLinha do tempo: A história do HaitiEle foi ouvido pelo  o promotor-geral de Porto Príncipe, Aristidas Auguste, Baby e pelo juiz Carves Jean, que deve decidir se existem provas suficientes para enviar o ex-ditador a julgamento.

 

Segundo o advogado de defesa do ex-ditador, Gervais Charles Baby Doc deixou o tribunal com sua esposa após ter sido interrogado e voltou para o Hotel Karibe, onde está hospedado.

É grande a pressão no Haiti para que o ex-ditador, que presidiu o país caribenho entre 1971 e 1986, seja processado por acusações de tortura e assassinato de milhares de pessoas durante seu governo. Ele também é acusado de desviar milhões de dólares.

O porta-voz do Alto Comissariado para os Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Rupert Colville, disse nesta terça que o retorno de Baby Doc ao Haiti aumenta as chances de o ex-ditador ser julgado pelos crimes. Colville, porém, levantou dúvidas a respeito da capacidade do frágil sistema judiciário do Haiti em conduzir o caso.

 

Baby Doc não se pronunciou desde que chegou ao Haiti. Ele disse poucas palavras ao desembarcar em Porto Príncipe, e apenas disse que "chegou para ajudar". Seu retorno ocorre em um período de indefinição política no país caribenho, que ainda se recupera de um terremoto que devastou o país há um ano e luta contra uma epidemia de cólera que matou mais de 3.500 pessoas até agora.

 

O Haiti aguarda a definição e o agendamento do segundo turno das eleições presidenciais de novembro. A oposição alega que houve fraudes por parte do candidato governista e não se sabe quais postulantes disputarão a presidência nem quando o pleito será realizado.

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Com Efe e AP

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