Bagdá assume controle de campos de petróleo operados por estatal em Kirkuk

Locais foram conquistados em 2014 pelos combatentes curdos que aproveitaram a saída do Exército após a ofensiva do grupo jihadista Estado Islâmico no Iraque

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Por Redação
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BAGDÁ - As tropas iraquianas assumiram nesta terça-feira, 17, o controle dos dois maiores campos de petróleo da região de Kirkuk, após a retirada das forças curdas na véspera, anunciou a polícia federal. Esses dois locais eram operados pela estatal North Oil Company.

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"Unidades da polícia federal tomaram o controle dos campos de petróleo de Bay Hassan e Havana, ao norte da cidade de Kirkuk", afirma um comunicado. Autoridades em Bagdá disseram que todos os campos estão operando normalmente.

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Na segunda-feira, funcionários curdos paralisaram as operações de extração dos poços de petróleo Bay Hassan e Havana e abandonaram os postos antes da chegada dos soldados iraquianos Foto: REUTERS/Alaa Al-Marjani

Na segunda-feira, funcionários curdos paralisaram as operações de extração dos poços de petróleo Bay Hassan e Havana e abandonaram os postos antes da chegada dos soldados iraquianos, de acordo com governo de Bagdá.

Os dois campos foram conquistados em 2014 pelos combatentes curdos (peshmergas), que aproveitaram a debandada do Exército após a ofensiva do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) no Iraque.

Bay Hassan e Havana produzem quase 250 mil barris por dia e desde 2014 estavam vinculados ao Ministério de Recursos de Mineração da região autônoma do Curdistão, segundo uma fonte do setor petroleiro em Kirkuk.

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O Curdistão, que vive a pior crise econômica de sua história, sofrerá os efeitos da perda dos dois campos, que representam 40% de suas exportações de combustível.

A Província de Kirkuk, que não é parte do Curdistão iraquiano, é objeto desde 2014 de uma disputa entre o governo central e as autoridades curdas, exacerbada em setembro pelo referendo de independência.

Sinjar

As forças iraquianas anunciaram nesta terça-feira que também recuperaram o controle da cidade de Sinjar, um reduto da minoria yazidi perseguida pelo EI no noroeste do Iraque, depois da retirada "sem violência" dos combatentes curdos.

"O Exército iraquiano e a Hashd al-Shaabi entraram em Sinjar depois da retirada sem violência dos peshmergas", afirma um comunicado da Hashd, uma aliança de unidades paramilitares formada em 2014 em resposta a uma convocação da principal autoridade xiita do Iraque para lutar contra o Estado Islâmico. / AFP

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