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Banco alemão investiga conta da família Trump

Deutsche Bank checa se empréstimos recentes à filha e ao cunhado de presidente têm garantias provenientes de investidores russos

Por Andrei Netto , Correspondente e Paris 
Atualização:

O Deutsche Bank investiga se empréstimos recentes recebidos pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em contas do banco, têm garantias financeiras provenientes de investidores russos. A informação foi revelada pelo jornal britânico The Guardian e indica que as contas estariam nos nomes da filha do presidente, Ivanka, de seu marido, Jared Kushner, conselheiro da presidência, e da mãe de Jared. 

Jared Kushner, genro de Trump, conversa com Stephen Bannon (D), que será o principal estrategista de Trump Foto: REUTERS/Mike Segar/File Photo

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A revelação reforça as suspeitas de relações entre a campanha do republicano à Casa Branca e a suposta influência de Vladimir Putin sobre o então candidato. O Deutsche Bank, que enfrenta uma crise de credibilidade na Europa em razão do excesso de créditos podres em seu poder, também era alvo de uma investigação por parte do Departamento de Justiça durante o governo de Barack Obama, que suspeitava que o banco vinha sendo usado para lavagem de dinheiro. Segundo as autoridades americanas e britânicas, a suspeita é de que pelo menos US$ 10 bilhões em dinheiro russo tenham transitado pelo banco. 

Uma primeira inspeção interna realizada pela própria instituição não encontrou vestígios de vínculos entre os empréstimos e pessoas físicas ou jurídicas que tenham servido como fiadores e sejam oriundas da Rússia. Mas, ainda segundo o Guardian, o banco está sobre pressão para permitir que uma auditoria independente seja realizada.

Uma das críticas envolvendo o caso é o conflito de interesses causado pelo fato de Trump ter nomeado o novo secretário de Justiça, Jeff Sessions, que será responsável pela investigação sobre o banco alemão e sobre o suposto esquema de lavagem de dinheiro. A situação levou parlamentares democratas a pedirem uma investigação independente sobre a participação de fiadores russos em empréstimos aos familiares do presidente. 

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