Barak reduz importância de divergência sobre programa nuclear do Irã com EUA

Ministro da Defesa de Israel iniciou agenda de trabalho com secretário de Defesa americano

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Por Efe
Atualização:

TEL-AVIV - O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, diminuiu nesta quarta-feira, 1, a importância das divergências entre Israel e Estados Unidos sobre o programa nuclear iraniano, pouco antes do início de uma reunião com o secretário de Defesa americano, Leon Panetta, em Tel Aviv. Veja também:linkEUA ampliam sanções contra setores de energia e finanças do IrãlinkBC iraniano diz que sanções equivalem à 'guerra militar'forum CURTA NOSSA PÁGINA NO FACEBOOK"Há muitas coisas em comum na visão que Israel e EUA têm sobre a realidade, e temos muito a falar e a discutir, porque os problemas nos arredores são muitos e importantes", afirmou Barak, sem referir-se explicitamente ao Irã. Panetta, que chegou a Tel Aviv na tarde de ontem, começou sua agenda de trabalho hoje com Barak e ao longo do dia se reunirá em Jerusalém com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e com o presidente desse país, Shimon Peres.A visita foi precedida por um pronunciado debate em Israel sobre a conveniência de atacar as instalações nucleares do Irã sem o consentimento de Washington, ataque ao qual, segundo a imprensa local, se opõem os principais altos comandantes do Exército e dos serviços secretos.Ontem à noite, em entrevista a uma emissora israelense, Netanyahu assegurou que ainda não tomou uma decisão sobre o caso, mas que, como em qualquer democracia, em Israel "os políticos tomam as decisões e os militares se limitam a produzi-las".Um comunicado das Forças Armadas americanas, datado de Tel Aviv, destaca que os temas relativos ao Irã centrarão a agenda do secretário de Defesa.

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Nos últimos dias, a imprensa local assegurou que Panetta pedirá a Israel mais tempo, até um ano e meio, para obter uma solução negociada com o Irã, e que em suas reuniões de hoje exporá a Netanyahu e Barak os planos de guerra americanos para o caso de Teerã não aceitar as exigências internacionais.As autoridades israelenses consideram que tanto as sanções como as negociações realizadas com o grupo 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU mais Alemanha) fracassaram e que o Irã não pôs limite a seu programa, como exige o Ocidente.

 

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