Barco com imigrantes que seguia até a Malásia recebe ajuda na Tailândia
Autoridades tailandesas ofereceram comida e água além de pessoas para consertarem o motor, mas não devem abrigar as pessoas
Por Redação
Atualização:
BANGCOC - Uma embarcação com 400 imigrantes muçulmanos da etnia Rohingya e cidadãos de Bangladesh que se dirigia para a Malásia chegou nesta quinta-feira, 14, ao litoral sul da Tailândia, onde os viajantes receberam alimentos e água, informaram fontes oficiais. O primeiro-ministro tailandês, Prayuth Chan-ocha, afirmou que o governo não tem recursos para abrigar os imigrantes.
O navio entrou em águas da província de Satun, segundo uma das fotos publicadas pela imprensa local. As autoridades tailandesas pensam em ajudar o grupo e deixá-lo partir até seu destino, apesar de a Malásia ter anunciado essa semana que devolveria ao alto-mar toda embarcação com imigrantes ilegais que interceptasse.
Crise imigratória no sudeste asiático
1 / 12Crise imigratória no sudeste asiático
Crise imigratória no sudeste asiático
Imigrantes Rohingya e Bangladeshi recebem alimentos e são identificados em abrigo temporário na cidade deKuala Langsa, na Indonésia, nesta quinta-feir... Foto: REUTERS/Roni BintangMais
Crise imigratória no sudeste asiático
Policial indonésia oriente imgrantes que foram levados para um depósito transformado em abrigo temporário na cidade deKuala Langsa Foto: Binsar Bakkara/AP
Crise imigratória no sudeste asiático
Um imigrante divide alguns doces com outros que foram levados para um abrigo temporário na Indonésia Foto: Binsar Bakkara/AP
Crise imigratória no sudeste asiático
Dezenas de imigrantes ilegais de Bangladesh e Mianmar descansam em um abrigo temporário na Província de Aceh, na Indonésia Foto: EFE/Jun Ha
Crise imigratória no sudeste asiático
Imigrantes resgatados no mar - a maioria deles, de Bangladesh -seguram papéis com seus nomes e idades enquanto são identificados pelo serviço de imigr... Foto: CHAIDEER MAHYUDDIN/AFPMais
Crise imigratória no sudeste asiático
Barco com imigrantes da etnia rohingya, de Mianmar, foi encontrado à derivano mar da Tailândia nesta quinta-feira, 14 Foto: Christophe ARCHAMBAULT / AFP
Crise imigratória no sudeste asiático
Imigrantes de Bangladesh e Mianmar são carregados de caminhão até uma base naval emLangkawi, na Malásia, de onde seriam transferidos para um abrigo de... Foto: ANAN VATSYAYANA/AFPMais
Crise imigratória no sudeste asiático
Funcionário do Departamento de Imigração da Indonésia inspeciona um grupo de imigrantes- a maior parte de Bangladesh e Mianmar -resgatados no mar ao c... Foto: CHAIDEER MAHYUDDIN/AFPMais
Crise imigratória no sudeste asiático
Imigrantes de Bangladesh conversam no interior de um estádio na cidade deLhoksukon, na Indonésia, que foi transformando em um abrigo temporário Foto: Binsar Bakkara/AP
Crise imigratória no sudeste asiático
Crianças resgatadas de barcos com imigrantes ilegais de Mianmar e Bangladesh foram levadas para um abrigo temporário na cidade deKuala Langsa, na Indo... Foto: Chaideer MAHYUDDIN/APMais
Crise imigratória no sudeste asiático
Mulheres e crianças da etnia rohingya, de Mianmar, aguardam para embarcarem em navio da Marinha da Malásia que as trasferiria para um abrigo de imigra... Foto: MANAN VATSYAYANA/AFPMais
Crise imigratória no sudeste asiático
Imigrantes de Bangladesh e Mianmar aguardam para receberem o café da mahã em um abrigo temporário em Lapang, na Indonésia; mais de 1,6 mil imigrantes ... Foto: Binsar Bakkara/APMais
PUBLICIDADE
O governo de Satun prometeu enviar mecânicos ao navio para consertarem o motor da embarcação, para que possa continuar seu caminho, segundo o jornal Phuketwan.
Na quarta-feira, a Marinha da Malásia apreendeu dois barcos, com cerca de 800 imigrantes rohingya e de Bangladesh. Autoridades forneceram combustível, comida e despacharam o navio de volta.
O subdiretor para a Ásia da Human Rights Watch, Phil Robertson, condenou a decisão tailandesa de deixar o navio partir e afirmou que "Malásia e Tailândia estão jogando uma partida de pingue-pongue" com as vidas dos imigrantes. A comunidade internacional que os governos do Sudeste Asiático abram suas fronteiras e reforcem as operações de resgate para lidar com a situação.
Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), cerca de 25 mil pessoas saíram em embarcações a partir de Bangladesh e Mianmar durante o primeiro trimestre de 2015, o dobro do número registrado no mesmo período de 2014.
Os muçulmanos Rohingya não têm direito a cidadania pela lei de Mianmar. Durante anos, eles sofreram com ataques dos militares e budistas extremistas. Têm pouco acesso à educação ou à saúde e não podem se movimentar livremente. Cada vez mais ao longo dos últimos anos, os Rohingya têm entrado em barcos e buscado refúgio em Bangladesh e em outras nações, tentando fugir da pobreza. /AP e EFE