Bélgica autoriza entrega de Salah Abdeslam à França

Ainda não há data para a transferência; no entanto, seu advogado, Cédric Moisse, disse hoje na saída do tribunal que a entrega pode acontecer 'rapidamente'

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Por Redação
Atualização:

BRUXELAS - A Justiça da Bélgica autorizou nesta quinta-feira, 31, a entrega à França de Salah Abdeslam, suspeito de ser o cérebro dos atentados de 13 de novembro em Paris, que já aceitou ser transferido ao país, informou a Procuradoria Federal.

A Câmara do Conselho, que intervém na fase de instrução de casos penais, tomou a decisão a pedido da França, que solicitou a entrega de Abdeslam por meio de um euro-mandato emitido em 19 de março.

Cartaz divulgado pela polícia francesa pedindo informações para localizar Salah Abdeslam Foto: AFP PHOTO / POLICE NATIONALE

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"Dado que Salah Abdeslam aceitou ser transferido à França, um magistrado federal lhe tomou depoimento formalmente hoje, como estabelece a lei. As autoridades belgas e francesas avaliarão agora juntas como proceder na execução da transferência", afirmou a Procuradoria em comunicado.

De acordo com o órgão, ainda não há data para a transferência. No entanto, seu advogado, Cédric Moisse, disse hoje na saída do tribunal que a entrega pode acontecer "rapidamente". Atualmente, Abdeslam está na prisão de segurança máxima de Bruges, após ser detido no dia 18 no distrito de Molenbeek depois ter ficado foragido por quatro meses.

No dia seguinte, foi acusado de participar de assassinatos e em atividades de um grupo terrorista, e rejeitou ser entregue à França. Dois dias depois do duplo atentado do dia 22 em Bruxelas, mudou de opinião e disse a seu principal advogado, Sven Mary, que queria ser transferido "o mais rápido possível" à França.

Hoje, sua defesa reiterou que ele está disposto a colaborar com as autoridades francesas ao não resistir a extradição. A França tinha solicitado à Bélgica através de uma ordem de detenção europeia o envio do suposto terrorista para que preste contas sobre os atentados de 13 de novembro que custaram a vida de 130 pessoas.

Em Bruxelas, Abdeslam falou com os investigadores sobre esses atentados, mas se manteve em silêncio sobre os ataques de 22 de março. / EFE

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