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Bélgica já recebe solicitações de britânicos para tirar nacionalidade belga

Os prefeitos belgas consideram que todos esses pedidos refletem o desejo dos britânicos de preservar suas situações trabalhistas

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Por Redação
Atualização:

BRUXELAS - A Bélgica recebeu nesta sexta-feira, 24, vários pedidos de cidadãos britânicos para adquirir a nacionalidade belga depois que o Reino Unido decidiu, em um referendo histórico na quinta-feira, pela saída da União Europeia (UE), o chamado Brexit, informou o site do jornal belga Le Soir.

Em Watermael-Boitsfort, o prefeito Olivier Deleuze disse à publicação que só hoje recebeu três pedidos de britânicos para obter a cidadania, algo que qualificou como "excepcional", já que normalmente esse tipo de solicitação não acontece na região.

Bandeiras da União Europeia em frente a um dos prédios do bloco em Bruxelas Foto: AP Photo/Virginia Mayo

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Já em Waterloo, onde 450 cidadãos do Reino Unido moram, a prefeita Florence Reuter contabilizou cinco solicitações de interessados no passaporte belga e dezenas de perguntas de outros britânicos.

Na região de Woluwé-Saint-Pierre, Ixelles e Saint Gilles, próximas da capital do país, a tendência é a mesma, de acordo com o Le Soir. O jornal cita o prefeito de Woluwé-Saint-Pierre, Benoît Cerexhe, por exemplo, que afirma ter atendido três casos hoje.

Em Ixelles, onde a comunidade britânica não é tão grande quanto a francesa, foram emitidas 15 solicitações de informação hoje, e em Saint Gilles houve igualmente chamadas e contatos de britânicos para tirar dúvidas sobre os trâmites.

A Prefeitura de Bruxelas, no entanto, registrou apenas duas solicitações nesta sexta-feira, uma quantidade modesta se comparada aos 1,2 mil britânicos que lá residem, dos quais 600 já dispõem da dupla nacionalidade, segundo Le Soir.

Os prefeitos consideram que todos esses pedidos refletem o desejo dos britânicos de preservar suas situações trabalhistas, e muitas são pessoas com um emprego ligado à nacionalidade e temem talvez perder seu posto no cenário internacional, indicou Deleuze ao jornal. / EFE

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