YOLA, NIGÉRIA - Militantes do Boko Haram atacaram neste sábado, 6, mais uma cidade no nordeste da Nigéria, levando ao sul uma aparente estratégia para fortalecer um domínio islâmico, disseram moradores e autoridades locais.
Membros do grupo, que assumiu várias cidades e aldeias do nordeste nas últimas semanas, invadiram Gulak na parte norte do Estado de Adamawa, perto da fronteira montanhosa com Camarões, onde acredita-se que os militantes tenham bases.
Uma testemunha do ataque, Sabo Lukas, que fugiu para a capital Yola, disse à Reuters que os militantes tinham ido de casa em casa atirando. Ele não conseguiu estimar o número de mortos. "Enquanto falo com você, eles ainda estão lá matando pessoas", disse Lukas.
Tanko Wazumtu, um assessor do governador Alhaji Ahmed Umaru Fintiri, também confirmou o ataque, dizendo que seu próprio pai estava entre os mortos.
Oficiais militares nigerianos em Yola e na capital federal Abuja não responderam a pedidos de comentário.
O Boko Haram, cujo nome significa "a educação ocidental é proibida", já matou milhares de pessoas desde o lançamento de uma revolta em 2009 e pode estar tentando imitar o exemplo do Estado Islâmico na Síria e no Iraque, que proclamou um califado.
Militares da Nigéria dizem que estão lutando para reverter ganhos recentes do grupo terrorista, que levantaram temores de que o grupo pode tentar capturar a capital do Estado de Borno Maiduguri. Ataques aéreos foram lançados contra os militantes.
O governo do presidente Goodluck Jonathan, que enfrenta eleições em fevereiro, tem sido criticado pela incapacidade de enfrentar cinco anos insurgência do Boko Haram, que tem devastado o país. / REUTERS