Bolívia adverte que será dura contra conspiradores

Vice-presidente Álvaro García Linera afirma: "Quando for necessário atuar com mão dura, seremos brutalmente duros"

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Por Agencia Estado
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O Governo boliviano será "brutalmente duro" contra aqueles que conspirarem no país, advertiu neste sábado o vice-presidente Álvaro García Linera, em discurso durante uma assembléia do partido governista Movimento Ao Socialismo (MAS). "Quando for necessário atuar com mão dura, seremos brutalmente duros contra os conspiradores", disse García Linera, depois de sustentar "que alguns setores da direita, reacionários, derrotados olimpicamente em 18 de dezembro, querem conspirar". Nessa data, em 2005, o MAS saiu ganhador das eleições com 53,7% dos votos para seu candidato, o líder socialista Evo Morales, hoje presidente da Bolívia. Em seu discurso na assembléia realizada em Cochabamba, García Linera não identificou os nomes dos políticos, partidos ou forças que supostamente conspiram contra o Governo. "A essas pessoas, lhes dizemos com clareza que não vamos permitir suas ações de conspiração. Este Governo é de diálogo, é de consenso, de construção, de abertura (...), mas não somos brandos", enfatizou. Em janeiro, antes da posse de Morales, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, também acusou os Estados Unidos de estarem envolvidos em planos golpistas contra o novo Governo boliviano. Semanas depois, o mesmo Morales acusou as transnacionais do setor petroleiro de planejar a desestabilização de seu Governo, citando relatórios de inteligência do Exército. A embaixada americana em La Paz e depois as empresas petrolíferas negaram as denúncias. A advertência foi feita durante uma reunião de militantes do MAS que analisou a forma como o partido socialista participará das eleições para a Assembléia Constituinte. A votação nacional para escolher 255 constituintes acontecerá em 2 de julho de forma paralela à realização de um referendo sobre a conveniência de implantar um regime autônomo no país.

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