Bombeiros controlam últimos focos do incêndio no centro de Portugal
Ministério Público do país abriu uma investigação para esclarecer ‘as causas’ da tragédia e informou que o processo está sob ‘segredo judicial’
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Por Redação
Atualização:
GÓIS, PORTUGAL - Após cinco dias de luta, os bombeiros conseguiram nesta quinta-feira, 22, controlar os principais focos de incêndio que assolaram o centro de Portugal, deixando mais de 60 mortos e centenas de feridos, enquanto o país questiona as causas da tragédia.
Um dia após frear o imenso incêndio de Pedrógão Grande, os bombeiros conseguiram conter o avanço do fogo na região de Góis. Cerca de 2,4 mil homens seguem mobilizados para eliminar os dois incêndios, com a ajuda de 11 aeronaves enviadas pela Espanha, França e Itália.
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Nas duas frentes, a noite de quarta-feira foi tranquila graças a condições climáticas mais favoráveis, já que as temperaturas caíram e a umidade aumentou.
Desde sábado, os serviços de emergência lutam para evitar que as chamas, alimentadas por um calor intenso e mudanças de ventos, se espalhassem em uma região com muitos eucaliptos e pinheiros, cujo terreno acidentado complica o trabalho dos bombeiros.
Os moradores de cerca de 40 vilarejos de Góis começaram a voltar para suas casas que, em sua maioria, puderam ser salvas pelos bombeiros e alguns moradores que permaneceram na área, apesar do perigo.
"Numa altura em que os incêndios mais preocupantes foram controlados, tenho duas palavras para falar sobre esta tragédia humana sem precedentes: dor e solidariedade", declarou o primeiro-ministro Antonio Costa, em uma coletiva de imprensa em Lisboa. "É essencial elucidar claramente tudo o que aconteceu.” Na véspera, a ministra do Interior, Constança Urbano de Sousa, reconheceu falhas no sistema de comunicação do Estado.
"Os acontecimentos fatídicos da estrada nacional 236 ocorreram em um contexto de fenômeno excepcional", escreveu o comandante-geral da gendarmeria em um documento enviado ao primeiro-ministro.
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Incêndio florestal em Portugal deixa dezenas de mortos
1 / 22Incêndio florestal em Portugal deixa dezenas de mortos
Incêndio em Portugal
Região de Pampilhosa Da Serra teve casas e carros destruídos; 733 bombeiros participaram dos trabalhos de resgate e combate ao fogo Foto: EFE/EPA/PAULO NOVAIS
Incêndio em Portugal
Fogo refletido em córrego perto de Coimbra, no centro de Portugal. Foto: Patricia de Melo Moreira/AFP
Incêndio em Portugal
Carros ficaram presos no grande incêncio Foto: REUTERS/Guillermo Martinez
Incêndio em Portugal
Bombeiros da Guarda Republicana Nacional de Portugal trabalham para acabar com o incêndio na vila de Avelar, no centro de Portugal. Foto: Armando Franca/AP
Incêndio em Portugal
Mais de 60 pessoas morreram no grande incêndio na região central de Portugal Foto: EFE/EPA/PAULO NOVAIS
Incêndio em Portugal
Dezenas de pessoas morreram em incêndios florestais no centro de Portugal, muitas presas em seus carros enquanto as chamas os cercavam. Foto: Armando Franca/AP
Incêndio em Portugal
Bombeiros em ação para acabar com os fogos em uma floresta no centro do país mediterrâneo. Foto: Rafael Marchante/Reuters
Incêndio em Portugal
. Foto: Rafael Marchante/Reuters
Incêndio em Portugal
Incêndio no centro de Portugal deixou vítimas e destruiu casas Foto: Rafael Marchante/Reuters
Incêndio em Portugal
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Incêndio em Portugal
Homem olha da sacada de sua casa, em Avelar, no centro de Portugal, fogo em montanha pouco antes do amanhecer do domingo. Foto: Armando Franca/AP
Incêndio em Portugal
. Foto: Rafael Marchante/Reuters
INCÊNDIO EM PORTUGAL
Bombeiros trabalham para combater o fogo em Torgal, Portugal. Foto: REUTERS/Rafael Marchante
INCÊNDIO EM PORTUGAL
Policiais observam carros queimados emFigueiro dos Vinhos. Foto: REUTERS
INCÊNDIO EM PORTUGAL
Fogo emAlvaiazere, Portugal. Muitas vítimas morreram presas em seus carros. Foto: EFE/EPA/PAULO CUNHA
INCÊNDIO EM PORTUGAL
Aproximadamente 733 bombeiros trabalham na região deAlvaiazere para combater o incêndio. Foto: EFE/EPA/PAULO CUNHA
INCÊNDIO EM PORTUGAL
Bombeiros trabalham emVale das Porcas, Alvaiazere, Portugal. Foto: EFE/EPA/PAULO CUNHA
INCÊNDIO EM PORTUGAL
Bombeiros trabalham para combater as chamas. Foto: EFE/EPA/PAULO CUNHA
INCÊNDIO EM PORTUGAL
O incêndio florestal deixoupelo menos 61 mortos em Portugal. Foto: EFE/EPA/PAULO CUNHA
INCÊNDIO EM PORTUGAL
Moradora observa as chamas emVale das Porcas, Alvaiazere. Foto: EFE/EPA/PAULO CUNHA
Incêndio em Portugal
Imagem de drone mostra carros que foram encurralados pelo fogo Foto: AP
INCÊNDIO EM PORTUGAL
Pelo menos 62 pessoas morreram por causa do incêndio em Portugal nesse fim de semana. Foto: EFE/EPA/PAULO CUNHA
"O fogo atingiu a estrada de forma completamente inesperada, inusitada e terrivelmente súbita", disse o comandante-geral da gendarmeria em um documento enviado ao primeiro-ministro, que havia cobrado "explicações rápidas" sobre o que aconteceu na nacional 236.
Diante das críticas por não ter impedido o tráfego nessa estrada, a gendarmeria alegou que não tinha, naquele momento, "informações sobre a existência de um risco potencial ou real desta rota".
Investigações
O Ministério Público de Portugal abriu uma investigação para esclarecer "as causas do incêndio" que começou no sábado, e informou que o processo está sob "segredo judicial".
O fogo teria começado provavelmente pelo impacto de um raio em uma árvore seca, segundo apontou a Polícia Judicial pouco após a tragédia. No entanto, a hipótese foi questionada pelo presidente da Liga dos Bombeiros de Portugal, Jaime Marta Soares, que se mostrou cético pela celeridade com a qual a explicação foi dada. / AFP e EFE