LONDRES -O Partido pela Independência do Reino Unido (Ukip, na sigla em inglês), apresentou nesta quarta-feira, 15, sua plataforma eleitoral para as eleições legislativas de maio com duas grandes promessas: a de tirar a Grã-Bretanha da União Europeia e de reduzir drasticamente a imigração.
Terceiro partido britânico, atrás dos conservadores e dos trabalhistas, o Ukip tem uma taxa de intenção de votos de 14%, distante de sua grande popularidade registrada no ano passado, e quer tornar-se o partido de articulação do cenário político.
O líder da formação, Nigel Farage, apresentou o manifesto da legenda em Thurrock, uma cidade no subúrbio de Londres, às margens do Tâmisa.
Entre as principais propostas, o partido diz que pretende tirar o país da União Europeia em dois anos. Pretende ainda aumentar os gastros militares acima dos atuais 2% do PIB, como exigido pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan); reduzir em três quartos a ajuda ao desenvolvimento e promover a preferência nacional, com uma moratória de cinco anos contra os estrangeiros não qualificados, assim como uma taxa de entrada de imigrantes limitada e seletiva.
"Essas políticas sérias e perfeitamente contabilizadas" estão dirigidas aos eleitores "que confiam na Grã-Bretanha", disse ele.
Faragem também se comprometeu a realizar uma "revolução fiscal em benefício dos pequenos contribuintes", em uma "nação soberana" que irá controlar as suas leis e comércio em um espírito de "boa vizinhança" na Europa.
O partido pretende ainda aumentar seu eleitorado com ajudas àqueles que conquistam uma propriedade privada pela primeira vez e às pequenas e médias empresas.
O objetivo é apresentar-se como um partido pronto para governar, depois de seu grande sucesso no ano passado, quando venceu as eleições europeias.
Fundado em 1993, o UKIP espera negociar em uma posição forte com o Partido Conservador do primeiro-ministro David Cameron, caso conquiste a reeleição, mas sem força suficiente no Parlamento. As pesquisas dão ao partido entre 1 e 5 deputados, de um total de 650. / AFP