LONDRES - O secretário de Exteriores da Grã-Bretanha, William Hague, disse nesta quinta-feira, 19, que funcionários do governo se reunirão na semana que vem com o presidente dos EUA, Barack Obama, para discutir planos de apoio para as nações envolvidas nas revoluções no Oriente Médio e no norte da África. Ainda segundo Hague, Londres concorda com a política do americano para a região.
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Segundo Hague, a Grã-Bretanha e os EUA ajudarão "aqueles que pedem governos mais abertos e transparentes e uma genuína participação política e econômica na região". Ele disse que reposta do Ocidente para as revoltas deve ser "clara e ambiciosa" e que o diálogo em Londres servirá para estudar qual será a melhor opção a oferecer.
Em seu pronunciamento, Obama afirmou que a repressão das manifestações em países como Líbia, Iêmen e Síria não vai mais funcionar e que "mais vai acontecer" depois das quedas de Hosni Mubarak, do Egito, e Zine el Abidine Ben Ali, da Tunísia.
Hague ainda elogiou o modelo de paz citado por Obama em seu esperado discurso desta quinta, no qual o americano disse apoiar a criação de um Estado palestino desmilitarizado com base nas fronteiras anteriores a 1967, quando Israel anexou territórios palestinos depois da Guerra dos Seis Dias. O britânico pediu que israelenses e palestinos voltem às negociações de paz.
Os palestinos reagiram bem ao discurso de Obama, pedindo que Israel "dê à paz a chance que ela merece". Mas o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeitou o plano do americano e disse que o retorno às fronteiras anteriores a 1967 é algo "indefensável" e que poderia levar ao colapso do Estado Judeu.